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Enviada em: 22/05/2017

Relativo à disponibilidade cultural brasileira, o Brasil é um país que possui grande diversidade de cultura popular. Nesse sentido, o folclore, a comida, o idioma e a música destacam-se como grandes riquezas culturais do país. Entretanto, a falta de políticas públicas que possibilitem o acesso à cultura erudita, tais como, o teatro, o cinema, os museus e os livros; prejudicam o desenvolvimento do pensamento crítico do brasileiro. Somado a isso, a má distribuição de renda que ocorre no país dificulta que pessoas com menos recursos financeiros tenham a seu dispor a cultura que pode ser comprada. Uma pesquisa realizada pelo IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística sobre a mensuração de políticas públicas culturais no Brasil indica que apenas 54% dos municípios brasileiros possuem uma política para esse setor em 2014. Sendo assim, com pouco mais da metade dos municípios investindo em políticas culturais, há a necessidade do governo brasileiro reconhecer a urgência de se tratar o acesso à cultura como direito e necessidade básica do cidadão. A fim de, tentar diminuir as desigualdades intelectuais entre as pessoas e garantir o pensamento crítico do indivíduo. Outrossim, o problema de distribuição de renda no Brasil é outro fator que impede que mais pessoas tenham acesso aos equipamentos culturais. Corroborando com esta análise, o sociólogo francês Pierre Bourdieu dizia que o capital econômico é tão importante quanto o capital cultural. Tal afirmação diz respeito ao poder aquisitivo de cada indivíduo e sua relação com a obtenção de cultura ao longo de sua formação. Ou seja, quem possui uma família com maiores condições de se investir em viagens, compra de livros e objetos de arte, passeios em museus e gastos com educação; possui mais oportunidades de acesso à cultura. É necessário, portanto, que o governo federal tome medidas que possam equiparar de alguma forma as possibilidades culturais do cidadão. Em parceria com o Ministério da Cultura poderiam ser criadas políticas públicas que contemplem a cultura para a outra metade dos municípios que não as tem. Por outro lado, através de incentivos fiscais para empresas, poderiam incentivá-las a investir no acesso à cultura para populações carentes. Essas empresas disponibilizariam acesso à internet gratuito nas cidade como forma de levar informação e possibilitar ao indivíduo o acesso a outras expressões culturais que não teriam disponíveis devido a sua condição financeira limitada.