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Enviada em: 13/06/2017

De acordo com o antropólogo Edward B. Taylor cultura é o complexo de conhecimentos, arte e costumes adquiridos pelo homem como membro da social. Portanto, regulamenta-se corretamente tal termo como elemento intrínseco do ser humano, devendo ser, por este, adquirido de forma igualitária. Não obstante observa-se, no Brasil, como derivado de empecilhos políticos e sociais a elitização do consumo cultural. Enquadrando destrutivamente esse cenário, decorrente de seus impactos a efetivação dos cidadãos, entende-se emergencial a reparação de tal realidade.  Desde o período colonial, marcado pela doação de sesmarias que solidificou a concentração fundiária aliado a ínfima mobilidade social, o Brasil expressa distribuição de riquezas disforme, assinalando, até a contemporaneidade, uma desigualdade cruel. Tal aspecto socioeconômico perpassa variadas seções da sociedade, entre elas, a cultura que vê-se disposta, em primazia, à classe de poderio econômico notável. Agravando esse paradigma houve, no século XX, pelos filósofos Adorno e Horkheimer, a denúncia acerca da indústria cultural, locução que designa a produção de arte e entretenimento cultural ansiando apenas o lucro, o que, por sua vez, também os torna um mecanismo de manipulação. Consequente a esse viés assenta-se a transformação de um fator, o qual deveria ter difusão democrática  entre os indivíduos, em instrumento de exclusão e massificação.  Somado a contextualização proposta media-se, no Brasil, vil estímulo à produção e consumo cultural. Tal assertiva comprova-se pelo dado do Ministério da Cultura que retrata a relação de uma biblioteca para 33 mil brasileiros. Além da fomentação mínima pela sociedade e Estado, configura-se também uma precária estrutura física, deixando os cidadãos desemparados em tal setor. Essa realidade negligencia o direito constitucional de acesso à cultura e, ainda pauta decrescente desenvolvimento artístico e intelectual brasileiro.   Conclui-se pela investigação explicita a contração a eminência da cultura na sociedade brasileira, por tal contexto é afirmativo a tomada de medidas a fim de tornar o pais repleto de artistas e espectadores. Ao encontro de tal meta concerne ao Estado investir na construção de estabelecimentos, como teatros e bibliotecas, que visem a instituição da manifestação cultural. Ademais é da incumbência do mesmo órgão ampliar programas de ajuda financeira para entretenimento cultural aos menos abastados monetariamente, objetivando com tais feitos a difusão dessa de forma plena a toda população. À sociedade, por intermédio da mídia e instituições privadas, compete implementação do fascínio pelos elementos culturais, objetivando elevação de sua aquisição pelos indivíduos, tornando a cultura parte coesa dos cidadãos.