Materiais:
Enviada em: 05/06/2017

No limiar do século XXI, os desafios para democratizar o acesso à cultura, são assuntos em que o Brasil foi convidado a administrar, combater e solucionar. Por um lado, a eclosão tecnológica proporcionou a proliferação do conhecimento de várias aglutinações socioculturais. Em outra visão, os difíceis acessos fazem-se notório devido ao encarecimento de ingressos e ausência de locais e materiais para a expansão da convivência cultural, o qual é um absurdo.    É fato: o alcance social aos projetos e meios culturais são economicamente caros para grande parte da sociedade. Sendo assim, de acordo com o Ministério da Cultura, mais de 70% dos brasileiros nunca assistiram um espetáculo de dança e teatro ou frequentam semanalmente as programações em cinemas devido ao elevado preço dos ingressos. Nesse contexto, com essa parcela populacional, torna-se evidente a expansão da persistência intolerante de cunho cultural, visto que segundo informações do IBGE, uma grande porcentagem de brasileiros não possuem ligações com à internet, facilitando ainda mais para o difícil acesso a democratização cultural.    Além disso, junto aos fatos supracitados é possível fomentar que a falta de investimentos cabível ao governo, são fatores os quais também tangenciam a problemática. Isso porque de acordo com os dados do IBGE, a variação percentual em relação a construção de bibliotecas públicas é de apenas 9% ao ano, demonstrando-se incoerente para a demanda social. Mediante isso, a cultura de matriz nacional, muitas vezes, não é valorizada ou reconhecida devido a ausência do conhecimento de grandes obras literárias como: "Vidas Secas" do autor Graciliano Ramos, em que apresenta os fundamentos - sotaque regional, tipos de biomas, vestimentos do estilo sertanejo e as necessidades concernentes a pobreza do sertão - do Nordeste.    Dessa forma, diretrizes que formulem mudanças são necessárias para a solução desse impasse, os desafios para democratizar o acesso à cultura. Para isso, é imprescindível a atuação governamental sobre o assunto, a longo prazo, através da persistência de leis que vigoram o barateamento dos ingressos de peças de teatros ou dança, somado com obras de infraestrutura, a curto prazo, para a construção de novas bibliotecas públicas, reduzindo os desafios do acesso à leitura e conhecimentos culturais. Ademais, cabe à escola proliferar informações a respeito da temática com os alunos desde a fase mais tenra e precoce da vida do indivíduo, por meio de palestras entre pais e filhos sobre a importância da leitura no século XXI, além de feiras didáticas com a exposição de obras literárias, visando amenizar a intolerância cultural e proporcionar "ordem e progresso", como posta na bandeira nacional.