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Enviada em: 20/06/2017

Na antiguidade, já dizia Locke, que um homem nasce como uma folha em branco. Interpretar tal frase trás em si a compreensão de que o entorno do individuo o transforma em quem ele é. Então, atualmente, pensar no acesso à cultura é transformar os indivíduos cada vez mais em seres pensantes. Tendo em vista esse processo, vale a pena analisar o contexto que está sendo vivido pela atual sociedade.        Diferentemente dos dias atuais, o período iluminista foi palco de muito incentivo não só ao acesso à cultura mas inclusive ao pensar crítico. Uma partícula da cultura, a arte, é hoje encarada como substância de exclusão, haja vista que poucos são os cidadãos de baixa renda que tem acesso aos centros artísticos, como museus, teatros e afins. Por outro lado a falta de acesso não condiz apenas com a falta de segurança, transporte acessível, e questões econômicas, está relacionado, principalmente, à falta de incentivo ao meio artístico.        Além disso, a arte é fundamental aos indivíduos, uma vez que é capaz de influenciar neles a criação do pensamento crítico, assim como foi no tempo iluminista, onde a luz significava conhecimento.  Certamente, influir ao acesso não só expressa induzir o cidadão a assistir obras de arte, mas também a participar delas. Então é importante que o incentivo baseie-se também à produção, para que esses cidadãos se sintam inclusos a fim de que a cultura passe a ser cimento que os une e não mais uma marca de exclusão.      Desse modo, garantir o acesso à cultura para todos é tornar a sociedade um livro com páginas cheias de conhecimento. Para que isso ocorra é necessário que o governo através da criação e aplicação de projetos de incentivo à cultura, torne mais acessível as apresentações de arte e oferte mais vagas públicas para cursos artísticos, como dança, teatro e música, a fim de acentuar o conhecimento artístico da população. Junto à isso, as universidades através de ações informativas devem organizar aulas de conscientização sobre a importância de viver a arte a fim de estimular os jovens à conhecer melhor os diferentes meios artísticos e entender as críticas sociais dela, que podem mudar sua visão de mundo.