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Enviada em: 25/06/2017

Certa vez, Betinho, o sociólogo, disse que um país não muda pela sua economia, sua política e nem mesmo sua ciência; muda sim, pela sua cultura. Os obstáculos para que toda sociedade tenha a possibilidade de apreciá-la perpassam, principalmente, por questões sociais e econômicas.    A hierarquização da cultura já foi tema de debate político, pois as diversidades não devem ser classificadas como superiores ou inferiores. Entendendo que uma apresentação de balé no teatro municipal, no centro da cidade, é tão representativa quanto a do “hip hop” no viaduto de Madureira, bairro da zona norte na cidade, do Rio de Janeiro; Ao compreender que a cultura é a representação de um povo, alcança-se a liberdade e abandona-se a uniformização social.  No país, os altos valores de ingresso para teatro, cinema e museu impedem o acesso da população à cultura são justificados por dois motivos: fraudes e impostos. Parte da sociedade dificulta essa acessibilidade quando frauda carteirinhas de estudante com o objetivo de pagar metade do valor do ingresso; em resposta a esse ato criminoso, organizadores aumentam o preço para reduzir o prejuízo, o que confere um ciclo vicioso. Os impostos impedem que produções artísticas sejam abundantes.   Ter acesso à cultura significa poder desfrutar o que aquela apresentação pode vir a oferecer. A redução dos impostos, pelo governo, para que produções que se apresentem em locais não convencionais, como galpões, a fim de possibilitar o acesso por preços populares e pela facilidade de mobilidade urbana garantindo que a sociedade frequente os mais diversos cenários culturais. Além de aumentar a fiscalização sobre carteirinhas de estudantes falsas, bem como a punição dos envolvidos, para que casas de espetáculos não aumentem indiscriminadamente o preço e dessa forma, os cidadãos corretos não sofram.