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Enviada em: 06/07/2017

De acordo com Aristóteles, a poética deve ser utilizada de maneira que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. Dessa forma, nota-se que a cultura é essencial para conferir uma identidade nacional, uma vez que é ela, por meio de uma expressão emocional, que nos revela as grandes noções da vida. Contudo, a falta de estímulo à arte por parte dos governantes, assim como a existência de uma cultura de desvalorização da cultura, impede sua democratização. Assim, é fundamental uma atuação conjunta entre o governo e a sociedade para amenizar esse cenário desafiador.      Mormente, a ausência de estímulo a tal mecanismo de construção identitária é um dos motivos que impede sua expansão, causando problemas para aqueles que não o tem acesso. De acordo com pesquisas, realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de só 27,2% dos municípios têm museu e outros 27,4% têm livrarias públicas. Conforme Friedrich Hegel, em sua doutrina dialética, o real é racional e o racional é real. Fazendo uma breve analogia, observa-se que o mundo é uma expressão da ideia e, por isso, ela só nos é acessível por meio da expressão artística. Dessa maneira, a arte atua como mecanismo de aprendizado para a população e, por conseguinte, viver sem ter acesso a ela significa não ter conhecimento do mundo que o rodeia.     Além disso, vive-se hoje em uma sociedade que desvaloriza os ensinamentos artísticos e a produção literária. Segundo Aristóteles, tudo o que está além de nossa experiência não pode significar nada para nós. Partindo desse pressuposto, percebe-se que esse problema tem ido de encontro à teoria do sociólogo, já que pessoas que não tem acesso a esses meios culturais não podem se interessar por eles e, portanto, a expressão artística nada significará. Diante disso, medidas para solucionar a problemática, fazem-se necessárias.