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Enviada em: 01/07/2017

O filósofo chinês Confúcio disse que a cultura está acima da diferença da condição social. Tal frase deixa clara a importância do acesso a esse bem. No Brasil, entretanto, a falta de incentivo e problemas no âmbito físico, como a precária mobilidade urbana, impedem a plena democratização cultural.    Primeiramente, cabe destacar o baixo esforço para mudar o padrão da sociedade brasileira. Para Immanuel Kant, o homem é o que a educação faz dele. Todavia, quando se olha para a sociedade, percebe-se que o atual sistema de ensino do país prepara para o mercado de trabalho, porém, não mais para a vida. Nas escolas, grandes autores são apresentados, muitas vezes, somente quando serão objetos de avaliação dos alunos. Tal prática gera no estudante, no contato com algumas obras, uma associação à disciplina e obrigação, em vez de prazer.    Além disso, existem obstáculos materiais ao acesso à cultura. Por conta da pobreza - devido a uma exorbitante concentração de renda - da concentração espacial dos pontos culturais nos grandes centros das cidades e da dificuldade enfrentada no que tange à mobilidade urbana, principalmente por conta do rodoviarismo adotado no Brasil, abrangente parte da população não tem acesso a teatros, cinemas, museus, exposições e musicais.    Com isso, depreende-se a necessidade de mitigação dos empecilhos para o acesso às produções artísticas. Portanto, o Ministério da Educação e o Ministério da Cultura devem criar projetos que fomentem, nos alunos, o interesse à aquisição cultural, levando livros, filmes e outras produções para o cotidiano dos estudantes. Ademais, as praças públicas devem ser melhor aproveitadas pelo Poder Executivo. Nelas, podem ser criados projetos de arborização e propagação cultural, para que a população possa frequentá-las. Por último, o setor de transportes coletivos deve ser ampliado, de modo a melhorar o deslocamento dos habitantes. Assim, o acesso à cultura será, de fato, um direito de todos.