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Enviada em: 23/07/2017

O contexto pós-moderno é palco de um abusivo apartheid social em que as classes mais altas da sociedade estipulam barreiras concretas e abstratas para segregar os mais desfavorecidos. A falta de acesso à cultura é um forte exemplo dessas fronteiras, visto que o valor elevado da entrada de teatros e museus e a falta de incentivo do governo para a inserção do corpo social na arte brasileira torna a democratização da cultura um obstáculo que urge ser ultrapassado.   Na Alemanha nazista, livros foram queimados em praça pública como forma de censura do Estado aos conhecimentos milenares, como foi representado de maneira eficaz no filme " A menina que roubava livros". Dessa forma, apesar do Brasil não ter sofrido tal feito, a dificuldade do acesso a concertos e peças de teatro -entre outras formas de cultura- é também uma forma de censura e traduz-se na escassez de musicais e shows públicos. Consequentemente, leva a sociedade a tratar as manifestações artísticas como ações supérfluas.     Outrossim, como citou Os titãs: "A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte". Esse trecho da música "comida" demonstra que o corpo social precisa de mais do que limentos para viver. Conseguinte a isso é extremamente importante a transposição das barreiras que prendem os indivíduos de estarem inseridos na cultura do país. Logo, se fazem necessários apoios públicos e privados para difundir o acesso às manifestações artísticas a todas as classes sociais.   Destarte, iniciativas devem ser tomadas de imediato para democratizar a cultura no Brasil. É imperativo, por exemplo, que o governo faça parcerias com instituições privadas -como o Itaú e o Santander- oferecendo isenções de impostos àquelas que promoverem oficinas culturais nas escolas públicas. Além disso, é imprescindível que o Ministério da Educação fomente concertos em locais públicos suscitando, assim, o acesso a todos os indivíduos.