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Enviada em: 15/08/2017

A filosofá Mary Midgley alega: "O que faríamos sem uma cultura". Essa premissa expõe a vitalidade da cultura para o homem, sendo a expressão identitária das nações, que deve ser gozada por todos. Entretanto, no Brasil esse deleite não tem sido coletivo, devido aos terríveis preconceitos que afastam a população das diversas expressões culturais.       Um fator retrocedente da democratização cultural é a ideia de que a arte e a cultura são para os mais privilegiados. Devido as raízes imperiais em que a arte era patrocinada e assistida por nobres e grandes comerciantes, excluindo assim as classes trabalhadoras, crê-se, até hoje, que o acesso igualitário não é necessário, que essa camada popular não possui conteúdo suficiente para analisar  e apreciar produções artísticas. Tal preconceito afeta na assiduidade desses indivíduos a teatros e museus, por falta de inclusão; conseguinte, a formação cultural da população é afetada e as produções desencorajadas, devido ao público precário.       Outro preconceito há ser discutido é o contra os profissionais da área, isso acontece pois a cultura é secundarizada pela sociedade. O problema pode ser comprovado através do rechaço popular a medidas como a Lei Rouanet (que visa incentivar os artistas e suas produções por meio de verbas federais)  desde sua criação em 1991, em que discursos inflamados e pautados por ódio, que ofendem  os artistas e a credibilidade de seus trabalhos, são realizados por jornalistas e usuários de redes sociais. Nessas manifestações questiona-se a qualidade da cultura brasileira e a desvaloriza em relação a culturas exteriores, sendo tal pensamento mais uma falha social.       Destarte, a medida mais coerente para democratizar o acesso à cultura no Brasil é uma reforma educacional, realizada pelo MEC, por intermédio de incetivos às disciplinas de história e literatura, e a efetivação da inserção obrigatória de artes plásticas, música e dança na grade curricular, a fim de fazer o aluno valorizar e enxergar a cultura e seus atuantes como riqueza a ser explorada por todos, amenizando preconceitos antiquados e facilitando a integração popular. Somado a isso, campanhas de cunho educativo similiar devem ser  mais realizadas, por emissoras de telivisão e orgãos que incentivam a cultura, como o SESC,  para alcançar o público longe das escolas, para que as mudanças já sitadas englobem a todos. Assim progressos democrárticos culturais poderão ser realizados.