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Enviada em: 19/08/2017

Dentre os problemas que acometem a sociedade brasileira, um merece destaque: a dificuldade de acesso à cultura. Nesse sentido, é perceptível uma falta de distribuição cultural igualitária entre a população principalmente, devido a grandes barreiras que influenciam para essa situação. Sob esse aspecto, é necessário analisarmos os empecilhos que corroboram para isso e buscar maneiras de extingui-los.    De acordo com o artigo I dos Direitos Humanos, todos os cidadãos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. No entanto, a desigualdade no que concerne o acesso à cultura é indubitável, exemplo disso é o nordeste do país. Segundo dados do Ministério da Cultura, a maioria dos municípios que não possui bibliotecas se encontra nessa região. Dessa maneira, é possível citar, dentre as consequências de casos como esses, uma geração de alunos que dizem não gostar das literaturas clássicas brasileiras, por ser, sob a ótica deles, de difícil compreensão. Entretanto, geralmente, tal dificuldade é apenas reflexo da falta de acesso a essas obras desde o princípio do aprendizado. Com base nisso, é preciso notar a transgressão dos direitos igualitários, e, além disso, uma barreira que impede a extensão do conhecimento desses cidadãos.     Segundo a tábula rasa de John Locke, nascemos como uma folha em branco, sem conhecimento, e o adquirimos por meio da experiência. Sob esse aspecto, é de suma importância entender que a cultura interfere tanto no modo de agir quanto de pensar, sendo fator de fortalecimento da identidade de um povo, logo, em vista disso, deve ser democratizada. Contudo, o Instituto de Pesquisa Aplicada (IPEA) mostra que o preço alto dos acessos aos meios culturais é um empecilho para usufruir desses bens. Desse modo, população de baixa renda, na maioria das vezes, não podem ter acesso, o que impede essas pessoas de compreender o valor cultural, por exemplo, de determinadas obras de arte encontradas em museus ou até peças teatrais, uma vez que, nem sempre essa parcela da população pode pagar o valor dos ingressos cobrados.    Diante disso,  impende ao Ministério da Educação(MEC) investir na distribuição de bibliotecas nos municípios carentes, em prol de facilitar conhecimento de importantes obras literárias brasileiras, as quais fortalecerão a cultura nacional de cada indivíduo. Ademais, é preciso promover o acesso à cultura nas regiões periféricas de forma gratuita, portanto, ONGs incentivadas pelo governo podem promover a arte, como os quadros de pintores brasileiros, peças teatrais, artistas de rua e palestras que despertem o interesse no valor cultural desses elementos. Assim, o nosso país terá grandes chances de romper as barreiras que impedem a disseminação cultural.