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Enviada em: 27/09/2017

Muito se discute no país a respeito da ampla riqueza cultural brasileira, sobretudo os percalços que a grande parcela da população, principalmente os cidadãos pertencentes as classes C,D,e E, enfrentam para terem acesso as diversas produções artísticas nacionais e internacionais no Brasil. Em suma, mesmo com leis de incetivo a cultura e os numerosos projetos culturais existentes, a desigualdade, a constante elitização e a desvalorização à cultura brasileira, dificulta cada vez mais a uniformização do alcance a essas mostras artísticas. Com isso, é importante que o abismo existente entre a quantidade de produções culturais disponíveis e o acesso entre eles seja solucionado.     Historicamente, é inegável que após a criação de leis com a concessão de incentivos fiscais a empresas que apoiassem iniciativas artísticos-culturais, a partir da década de 80, houve um crescimento das produções culturais no país. Entretanto, mesmo com um número considerável de projetos artísticos, a centralização dessas produções em centros urbanos e o alto custo para consumo das mesmas permanecem, até hoje, distantes da moradia e realidade financeira da grande parcela da população. Por consequência, essa elitização da cultura nacional aumenta, ainda mais, a segregação social, quando apenas a minoria brasileira, oriunda das classes A e B, têm maior acesso a museus, teatros e produções artísticas.    Aliado a isso, é evidente que a cultura nacional recebe por parte das organizações privadas, através da Lei Rouanet (lei que possibilita que instituições apliquem parte do imposto de renda em ações culturais) ou do próprio Estado, um limitado investimento. Assim sendo, é notório que produções e exposições que relatam, por exemplo, a cultura indígena ou afro-brasileira, não recebam tanto patrocínio ou visibilidade quanto produções internacionais, como foi divulgado pela ONU em 2015, em que atrizes negras ou pardas representam 4,4% do elenco principal de filmes nacionais. Logo, faz se dificultoso para a grande parcela da população, em sua maioria negra e parda, se sinta representada artística e culturalmente.   Nesse sentido, torna se evidente a importância da incorporação de todas as classes sociais nos projetos culturais realizados no país. Por isso, o governo deve aumentar o investimento em politicas publicas, oferecendo descontos em ingressos para pessoas de baixa renda que desejam conhecer e apreciar, por exemplo, museus e peças teatrais durante o ano, como o projeto Pretalab que visa a inserção de negros, pardos e indígenas tanto na arte quanto na educação, alem da Escola, em um novo modelo de educação(menos arcaico e mais atualizado), incentive e normalize entre os alunos, do fundamental ao ensino médio, a apreciar e valorizar produções artísticas, em enfase as nacionais.