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Enviada em: 10/10/2017

A partir da semana de arte moderna, em 1922, a formação cultural brasileira interessou em retratar todas as camadas da sociedade. Entretanto, nem todos os cidadãos tiveram acessos a essas manifestações, algo que ainda permeia a realidade de muitos brasileiros. Assim, é ainda desafiadora para a democratização cultural, o ajuste das desigualdades sociais e uma maior expansão dos entretenimentos.        Mormente, é imprescindível apontar que o Brasil é fortemente marcado pela desigualdade. Nesse contexto, a maioria da sociedade não tem acesso aos meios culturais (museus, teatros estádios e cinemas), contraponto uma minoria que participa da criação e da presença nas atividades culturais. Dessa forma, segundo o sociólogo Anthony Giddens, ''os pobres são excluídos dos padrões de vida comum, dos costumes e das atividades de vida''. Logo, a dificuldade de se democratizar a cultura é um reflexo dos obstáculos sociais.       Além disso, é nítida a concentração cultural nos grandes centros urbanos brasileiros. Isto é, os bairros periféricos e as regiões interiorizadas não são alvos de investimento público nem privado, haja vista que a produção cultural contemporânea visa o lucro. Nesse sentido, segundo a revista Carta Capital, 98% das cidades brasileiras possuem acesso à rede de televisão aberta – maior representante da indústria cultural – e somente 8% a teatros. Sendo assim, é fato que o interesse econômico sobrepõe a necessidade de levar um entretenimento de qualidade para todos.       Infere-se, portanto, mudanças necessárias sobre a problemática das disparidades sociais e da expansão cultural. Dessa maneira, é imperiosa a atuação do Governo, expandindo medidas, como as carteirinhas de estudantes e o vale cultura, que diminuam os custos dos acessos aos eventos culturais, para que haja uma maior participação social. Ademais, é essencial a expansão dos entretenimento, promovida pelas empresas privadas em conjunto com o Ministério da Cultura, com o objetivo de amplificar, de fato, o acesso ao conhecimento. Logo, a democratização cultural deixará de ser idealizada e se tornará uma realidade.