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Enviada em: 30/10/2017

Durante o governo Sarney, em 1985, nasceu o Ministério da Cultura, com a finalidade democratizar o acesso a cultura da nação. Contudo, mesmo com alguns avanços na democratização da cultura, como o Vale-Cultura, hoje, ainda não se consolidou um acesso igualitário ao direito em questão, sendo um dos grandes desafios do país para que haja uma democracia mais fidedigna.              É importante destacar que atualmente ocorre um "Apartheid Cultural", ou seja, há uma segregação no acesso à cultura, sendo que regiões periféricas e interioranas são as mais afetadas, já que, comumente, não se observam a presença de locais que difundam a cultura, como museus e teatros. Isso ocorre devido a falta de investimento público nos municípios para integrar e possibilitar o acesso à cultura às massas, de modo que apenas os grandes centros possuem os meios que promovem diversidade de acesso à cultura. Desse modo, criam-se, diante da pouca concorrência, locais com elevado custo para se consumir cultura, fato que restringe ainda mais a população, uma vez que a maioria destes não possui renda para consumir esse tipo de entretenimento.               Segundo o sociólogo Theodor Adorno, a arte contemporâneo passou a ser um instrumento com a finalidade meramente lucrativa. Assim, expressões culturais típicas do país que são pouco lucrativas são sobrepostas por uma cultura capitalista que impõem uma padronização cultural para que as massas consumam apenas aquilo que possibilitará o lucro às grandes empresas que comandam o comércio internacional.  Nesse sentido, produções culturais regionais, como maracatu e o fandango,  são cada vez mais desvalorizadas pela nação e substituídas por produções hollywoodianas, o que acarreta um desigualdade no acesso à cultura, já que apenas as populações regionais consomem suas expressões culturais típicas e há cada vez mais o detrimento da diversidade cultural acessível para as massas do Brasil         Logo, cabe ao Governo Federal, aumentar o investimento aos municípios nos meios para difundir cultura nas regiões periféricas, como a construção de teatros e cinemas públicos nos municípios para que haja diversidade cultural para os cidadãos, bem como é necessário ampliar o vale- cultura, já que a maioria da população não pode consumir parte da sua . renda em atividades culturais. Para isso, o Ministério da Cultura deve fornecer aos alunos de escolas públicas o vale-cultura, assim como fornecê-lo aos indivíduos que recebem os programas integralistas, por exemplo, o Bolsa Família. Ademais, a exemplo do Exame de Ensino Médio (ENEM), que cobra regularmente em suas questões temas sobre a valorização da diversidade cultural, as escolas devem ensinar aos alunos sobre esse tema, por meio de aulas específicas sobre as diversas expressões culturais do país para que haja democracia cultural. objetivada pelo início do Ministério da Cultura seja realmente concretizada.