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Enviada em: 30/10/2017
É inegável o fato de que o Brasil é um país miscigenado formado pelo encontro de diferentes etnias. Com a criação do Ministério da Cultura, em 1985, as diferentes marcas culturais e étnicas que constroem a cultura nacional passaram a ser promovidas, gerenciadas, financiadas e valorizadas, para preservação do patrimônio material e imaterial do país. Contudo, o acesso às diferentes manifestações culturais no Brasil ainda é bastante deficitário e desigual devido à condições físicas e econômicas. Em primeiro lugar, é notório que os maiores centros de arte e cultura estão localizados ,em sua maioria, em capitais e grandes centros urbanos. Logo, o acesso físico torna-se penoso e custoso para moradores do interior ou de municípios menores, haja vista que muitos necessitariam de deslocar-se por longas distâncias, gastando tempo e dinheiro a fim de ter acesso ao que todo cidadão tem direito, o conhecimento. Além disso, outro fator que contribui para essa desigualdade é a situação financeira. De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), para 71% dos entrevistados os preços altos, descondizentes com a realidade econômica brasileira, são o principal empecilho para a democratização da cultura no país. Ademais, 56% dos entrevistados também apontaram a barreira social imposta pelo perfil do público que frequenta esses espaços, geralmente de uma classe econômica mais contemplada, como outro ponto que dificulta esse acesso. Portanto, é necessária a adoção de algumas medidas para solução desses problemas. Desse modo, o Governo Estadual, em parceria com as representações regionais do Ministério da Cultura devem elaborar uma melhor distribuição geográfica dos equipamentos culturais, além de disponibilizar transportes para promover o acesso de todas as comunidades à cultura. Por fim, ao Governo Federal cabe a criação de auxílios financeiros à estudantes de classes desfavorecidas a fim de facilitar o seu acesso e permanência no sistema cultural brasileiro.