Materiais:
Enviada em: 30/10/2017

Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da “modernidade líquida” vivida no século XX. A ausência da democracia a cultura reflete essa realidade. Ademais, tendo em vista que tal fator tem com principal consequência a exclusão social, faz-se preciso uma reflexão, e também, medidas que possam combatê-la. Em primeiro lugar, para se entender o problema é necessário analisar suas causas. O Brasil é um país em que a diversidade étnica e cultural se encontra em larga escala. Destarte, a democratização deve partir pela valorização de todas elas, assegurando que todas sejam exaltadas e contempladas. No entanto, o preconceito atua de maneira incisiva nesse cenário, na tentativa de se “taxar” o que se deve ou não ser apreciado, acarretando malefícios. Conquanto, é indubitável que tal fator esmaece e dificulta a difusão cultural. Entretanto, sabe-se que esse fator é apenas o início de uma variedade de problemas que em conjunto pode prejudicar ainda mais o individuo. O acesso aos bens culturais, por terem preços elevados, fica direcionado a uma pequena parcela da população brasileira, tornando a participação cultural uma ação elitizada. Outrossim, é indispensável salientar que tal fator contribui para a segregação social; fazendo improtelável sua inibição. Portanto, medidas são necessárias para a resolução desse impasse. Em primeiro plano, o Ministério da Cultura, em parceria com o MEC, podem ajudar, promovendo manifestações artísticas nas escolas – a fim de estimular o interesse por parte dos alunos – assim como projetos instrutivos que busquem envolver a todos do âmbito escolar, de modo que a arte esteja presente na vida desses indivíduos. Além disso, cabe ao poder público maior incentivo, difundindo manifestos culturais gratuitos para englobar a sociedade ao meio, bem como, preços populares e acessíveis para a obtenção de bens culturais. Destarte, não há dúvida que cultura é algo que faz e transforma o homem, e sua presença no berço social é imprescindível. Afinal, como afirmou Ferreira Gullar: “A arte existe porque a vida não basta”.