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Enviada em: 24/01/2018

Com a Revolução Industrial, houve vários avanços que permitiram a posterior criação de novas tecnologias, como a televisão, que facilitaram a difusão da cultura para a população. Contudo, mesmo decorridas décadas desde esses avanços, o seu acesso ainda não é democratizado na sociedade. Nesse sentido, fatores de ordem histórica e econômica caracterizam a problemática.     É importante pontuar, de início, que o fim da escravidão não representou a total obtenção da liberdade pelos negros. Esses indivíduos foram marginalizados, com o seu direito de acesso à cultura negado, e foram discriminados nas suas próprias manifestações culturais. Como consequência desse recente passado, muitos sofrem dessa privação, seja por conta do racismo ou por não apresentarem condições financeiras. Tal fator pode ser ratificado pelo fato de até a metade do século XX, nos Estados Unidos, os negros não podiam frequentar os mesmos lugares que os brancos, como os teatros.    Outrossim, a falta de investimento do governo para tornar a cultura financeiramente acessível para todos caracteriza outro desafio. Devido a esse descaso e o pouco financiamento, muitas manifestações culturais se tornam inacessíveis para uma parte da população, a qual deixa de prestigiar a identidade de sua própria nação. Prova disso, é a pouca quantidade de museus, teatros e salas de cinema na maioria dos municípios brasileiros. Por conta disso, as pessoas passam a desvalorizar e negar a própria cultura do seu país.      É notória, portanto, a relevância de fatores de cunho histórico e econômico na temática supracitada. Nesse viés, cabe ao governo, por intermédio de seus órgãos responsáveis, o papel de investir na construção de mais centros públicos de cultura, como bibliotecas, nas cidades, principalmente nas comunidades, que apresentam maior vulnerabilidade social. Ademais, é fundamental que a escola instigue a curiosidade sobre a arte e cultura do país nos alunos. Tal medida pode ser efetivada por meio de trabalhos dinâmicos e viagens, por exemplo, para instituições como Inhotim, o maior centro de arte ao ar livre da América Latina. Por meio dessas medidas, talvez, será possível deixar que a cultura seja alcançada e desfrutada por uma parcela maior da população.