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Enviada em: 03/02/2018

Desde a pré-história o ser humano sente a necessidade de fazer arte para fins lúdicos e subjetivos, ampliando o conhecimento sobre a cultura de diversos povos posteriormente. No entanto, a manutenção do capitalismo maximizou as desigualdades sociais, que ao lado da alienação midiática contribuem para uma sociedade majoritariamente sem acesso à cultura.      Numa primeira abordagem, é importante destacar o pensamento de Platão, filósofo da Grécia Antiga, em que a arte e o aprendizado são fundamentais para o ser humano, porque geram esclarecimento. Contudo, imersa numa mais-valia que explora o trabalhador, a população em geral não tem oportunidade para ascender culturalmente, visto que não há tempo livre ou acesso a cinemas, livros e teatros são excludentes pelo alto valor. Ou seja, o indivíduo além de ser explorado no próprio trabalho, também é extorquido pelos donos dos centros culturais.        Além disso, outro problema fundamental é a alienação midiática, que propaga políticas de pão e circo, apelando para a erotização exagerada da mulher e um humor de baixo nível intelectual. Dessa forma, cria-se uma população que não se esforça para pensar, não lê e não aprecia obras de arte e museus, visto que essas atividades exigem mais do cérebro que apenas assistir televisão. É válido ressaltar que a tendência biológica é poupar energia cerebral e manter-se na zona de conforto. Sendo assim, é evidente que mudanças estruturais e conjunturais são imprescindíveis.        Portanto, é inexorável que o Estado amplie o programa do vale-cultura, por meio de incentivos fiscais as empresas que aderirem, para facilitar o acesso do proletário ao entretenimento e a arte, gerando uma sociedade proativa e com maior consciência coletiva através da leitura. Diante disso, a alienação midiática diminuirá, mas também é necessário uma reforma educacional que inclua as diversas formas de arte de forma efetiva, por meio de uma alteração na grade curricular e maior remuneração aos professores, para gerar efeitos positivos a longo prazo.