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Enviada em: 20/02/2018

O fato de um ser humano não acreditar em seus sonhos, seu futuro ou mesmo que a realidade ao seu redor podem ser moldados e concretizados por suas decisões, coíbe todo o potencial que qualquer pessoa poderia atingir. Assim sendo, a limitação de pensamento e descrédito na capacidade de mudança, ocasiona um tipo de escravidão intelectual sobre o indivíduo, que encarcera a imaginação perante a crença de uma realidade inexorável. Todavia, esta pode ser coibida com um remédio eficaz, o acesso à cultura e consequentemente as diferentes formas de pensamento e escolhas.         Dessa forma, uma excelente maneira de libertar uma pessoa ou sociedade é dando-lhe conhecimento. Inclusive, o caso de independência das treze colônias, hoje Estados Unidos, serviu de exemplo para muitos países que sofriam com as amarras do colonialismo, como o Brasil, além de implementar uma forma mais democrática de governo para seus cidadãos, a República. Tudo isto, influenciado pelo acesso da população a livros de filósofos iluministas franceses, como Voltaire, que pregavam ideais humanistas e racionalistas defendendo uma sociedade mais justa e coerente que a monarquia da época.         Por outro lado, o acesso à cultura, como bibliotecas ou mesmo teatros, nem sempre está disponível para todos os cidadãos em municípios brasileiros. De maneira que uma nação dificilmente será mais justa e menos desigual, se a sociedade em si não for culturalmente consistente. Afinal, o que traz riqueza para uma nação, não é necessariamente a quantidade de recursos naturais que esta possui, a exemplo do Brasil, mas sim a oportunidade das pessoas de gerenciarem e inovarem, melhorando e alavancando a qualidade de vida para todos.         Contudo, não se trata apenas de uma pequena parcela da sociedade esclarecida, mas sim todas as camadas. Visto que, uma nação menos desigual, permite uma educação e acesso à cultura melhor a todos, logo, a probabilidade de ter cidadãos mais compromissados com o futuro nessa sociedade se torna maior. Posto que cria um ciclo vicioso benéfico, como pesquisadores tecnológicas ou cientistas, que fará a longo prazo a população alcançar mais isonomia e benefícios sociais.         Logo, existe a necessidade, principalmente do acesso à população mais carente à cultura, seja através de livros, teatros e eventos culturais locais, trazendo novas perspectivas para esses. Entretanto para sua efetividade necessitam ser asseguradas, pelo legislativo federal, mediante lei que discrimine a implantação em todas as cidades do país, com prioridade aquelas com IDH médio ou baixo, pelo poder municipal, já que estes podem também valorizar as tradições e costumes locais. Para que assim se assegure à população mais carente a verdadeira alforria, que é a liberdade de pensamento.