Materiais:
Enviada em: 03/10/2018

No ano de 1922, A Semana da Arte Moderna culminava no país com a temática de buscar a nacionalidade e a oralidade, o que enfurecia os grandes tradicionalistas que tinham um molde a ser seguido para que uma obra possa ser considerada uma arte. À vista disso, os desafios de democratizar a cultura está ligada à hierarquização dela, que faz com que parte do repertório cultural seja inferiorizado ou considerado menos importante. Nesse sentido, esse problema está relacionado, principalmente, à falta de complexidade na educação e das políticas públicas ineficientes.                Em primeiro plano, existe uma importante ligação entre cultura e o processo de aprendizagem, segundo o portal G1. Em virtude disso, com a falta de contato entre alunos e a diversidade cultural, acaba por criar uma bolha que não permite apreciar ou tolerar nada fora da sua esfera de vivência, ou seja, forma indivíduos sem conteúdo sociocultural que preferem dispor da censura das artes, pois não entendem sua importância. Dessa maneira, os desafios de se democratizar a cultura está na falta de complexidade pedagógica e cultural do país, uma vez que esse ato leva a formar cidadãos ignorantes que não conhecem nem sua própria identidade cultural. Assim, os episódios como a lei 1256, apoiada por quase 22 mil pessoas, que pretende institucionalizar a proibição do funk, um estilo musical exclusivamente brasileiro que vem se democratizando pelo território, vêm se tornando comum.                Ademais, a Lei Rouanet é uma projeto que está em vigor, justamente, para democratizar ainda mais a cultura, de acordo com o site do Ministério da Cultura. Entretanto, muito dificilmente essa lei consegue cumprir o que promete, uma vez que, a maior parte desse benefício vai para artes elitistas, como o Prêmio Shell V Power de melhores atores que usou desse incentivo para promover premiação de atores famosos. Em razão disso, a dificuldade de generalizar a cultura está na ineficiência das políticas públicas, que deveriam levar conteúdo cultural, principalmente, para as áreas mais periféricas que não tem acesso ao cinema, ao teatro e à exposições de artes.             Entende-se, portanto, que cabe ao Ministério da Educação, por meio da obrigação do ensino sociocultural em todas escolas, promover o conhecimento sobre a identidade cultural do país e, também, incentivar o estudo de outras culturas para estimular o respeito e a informação, desse modo, se torna fácil e acessível democratizar a cultura e evitar preconceitos ou censuras. Por fim, cabe ao Ministério da Cultura, por intermédio da reformulação da Lei Rouanet, fazer com que empresas privadas usem cerca de 70% do incentivo em projetos sociais para os bairro e as áreas de baixa renda e promovam festivais de cinema, artes, músicas e livros nesses locais, de modo  que se tenha certeza que todos os indivíduos do país possam usufruir desses bens.