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Enviada em: 23/06/2017

O mal do nosso século: a obesidade A obesidade é um importante problema de saúde pública devido a sua alta prevalência e aos graves prejuízos causados à saúde do indivíduo. Além de ser um mal em si mesmo, essa morbidade está associada à possível ocorrência de outros riscos para o bem estar do ser humano. Por esse motivo, ela precisa ser combatida através de tratamento adequado e de medidas preventivas.  A frequência da obesidade cresceu nas últimas décadas devido à mudança no estilo de vida do homem moderno. Esse se tornou mais sedentário, implicando na realização cada vez menor das atividades físicas. Ademais, houve o aumento da ingestão de alimentos com alto teor calórico. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), 20% dos adultos no Brasil são obesos. Isso indica a forte presença e enraizamento do sedentarismo e dos hábitos alimentares inadequados, na sociedade brasileira.  Além de ser uma doença, a obesidade é fator de risco para o surgimento de outras morbidades como o diabetes mellitus tipo 2, a dislipidemia (elevação de colesterol e triglicerídios), e as doenças cardiovasculares (infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral), sendo estas últimas as principais causas de adoecimento e morte no mundo. Sabe-se que grande parte dos casos de morte súbita se deve às doenças cardiovasculares, isto é, muitas vezes, o primeiro evento de uma doença cardíaca é fatal.  Portanto, as pessoas obesas devem ter acesso, através do Sistema Único de Saúde (SUS), ao tratamento nutricional e médico adequado, inclusive ao tratamento cirúrgico quando houver indicação clínica. Do ponto de vista preventivo, deve haver a restrição a propagandas dirigidas às crianças, público mais vulnerável a influências externas, que estimulem o consumo de alimentos ricos em calorias e pobres do ponto de vista nutricional, tais como doces e salgadinhos industrializados. Ao mesmo tempo, deve ser incentivado o consumo de frutas e hortaliças através da publicidade nas diversas mídias, no ambiente escolar e pelas famílias dos jovens. A atividade física deve ser estimulada pelos pais, pela escola e pelas empresas de forma que a sociedade como um todo esteja engajada no combate à obesidade.