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Enviada em: 24/06/2017

É considerado obeso aquele que possui o IMC, Índice de Massa Corporal, acima de 30. A obesidade é classificada pela OMS, Organização Mundial da Saúde, como epidemia global, já que atinge um grande número de pessoas ao redor do mundo e não faz restrições quanto ao sexo e a idade do indivíduo. Má alimentação aliada a fatores genéticos e patológicos são as principais causas da doença e suas consequências diminuem a qualidade e a expectativa de vida. Desse modo, constata-se que os efeitos negativos da obesidade, tanto no sistema, quanto na saúde das pessoas, ligam o alerta vermelho acerca desta questão. Por isso, o empenho na busca por um entendimento acerca dessa doença tem sido frequente no meio acadêmico, através de mapeamentos dos índices de obesidade no mundo e suas consequências econômicas. Pesquisadores da Universidade de Washington, em estudo publicado no jornal “The New England Journal of Medicine”, revelaram que mais de 10% da população mundial é obesa. Em virtude disso, estudo realizado pelo McKinsey Global Institute apontou que, no mundo, 2,8% de todas as riquezas são utilizadas no combate a obesidade, enquanto que no Brasil esse custo corresponde a 2,4% do PIB nacional. Logo, diminuir a obesidade é contribuir humanística e economicamente. Mas para que isso ocorra, é necessário analisar os fatores que dificultam a luta contra esse problema. Além das consequências já conhecidas, como o câncer e as disfunções cardiovasculares, o obeso sofre também com o preconceito e a falta de conhecimento sobre a doença. Esses empecilhos desestimulam a busca por ajuda, uma vez que reforçam a ideia de que a obesidade se circunscreve à lógica de ingerir muitas calorias e não gastá-las. Ao contrário, de acordo com o médico nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), "são muitos os fatores etiológicos que favorecem o ganho de peso corporal", alertando que o problema é mais complexo do que parece. Fica claro, portanto, que é fundamental o combate a obesidade no Brasil e no mundo, a fim de minimizar seus efeitos negativos. Para isso, a ONU, a nível mundial, e o Ministério da Saúde em parceria com os municípios, a nível nacional, devem realizar mutirões de exames gratuitos, com o objetivo de investigar na população a predisposição de se tornar obeso, devido a fatores endócrinos e etiológicos, a fim de evitar estágios críticos da doença, incentivando um estilo de vida saudável como forma de prevenção. Ademais, o Ministério da Educação, por meio da adoção de uma matéria curricular sobre educação alimentar, ajudará na promoção de uma geração futura mais consciente e informada acerca dos riscos que a obesidade gera, pois como afirmou Immanuel Kant, filósofo alemão, "é no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade."