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Enviada em: 28/06/2017

Obesidade e saúde pública      A Constituição Federal de 1988 garantiu a criação do SUS (Sistema Único de Saúde) para ofertar acesso universal, integral e gratuito para qualquer cidadão brasileiro ao estabelecer que: "a saúde é um direito de todos e um dever do Estado". No entanto, depois de quase trinta anos de existência, o SUS ainda apresenta muitos problemas para atender as demandas da população, de modo que se faz importante debater sobre o aumento constante no número de brasileiros obesos e seu impacto na saúde pública.      Segundo dados da ONU (Organização da Nações Unidas), 23% da população da América Latina está obesa e 58% está com sobrepeso. Tal, fato, no Brasil, faz com que 5% do parco orçamento do SUS seja gasto no tratamento de complicações geradas pelo excesso de peso, inibindo investimentos que poderiam ser destinados para a ampliação estrutural da rede de atendimentos, contratações de profissionais ou compra de materiais e medicações.     Além disso, a obesidade está diretamente relacionada a várias enfermidades (insônia, depressão, artrite, dores lombares, infarto do miocárdio, derrame, diabetes, pressão alta, etc), o que repercute no aumento das filas e aumento do tempo de espera nos hospitais públicos.      Assim, intervir de maneira preventiva sobre a obesidade tende a ser mais fácil, menos caro e mais efetivo. Nesse sentido, o Ministério da Saúde deve investir mais recursos para os serviços de atenção primária (destinados a ações preventivas e intervenções precoces) como o PSF (Programa Saúde da Família) e ACS (Agente Comunitário da Saúde) e estabelecer que as equipes sejam compostas também por nutricionistas a fim de que o monitoramento do peso e as orientações sejam adequadas e eficazes.