Materiais:
Enviada em: 30/06/2017

O desenvolvimento do pastoreio e da agricultura no período neolítico propiciou ao homem, maior acesso ao seu alimento. A obesidade, fruto dessa comodidade, é hoje um enorme problema no Brasil. Algumas de suas consequências não podem ser negligenciadas, como os altos custos para a saúde pública e a diminuição da expectativa de vida do brasileiro. A população obesa representa uma parcela significativa dos pacientes da rede pública de saúde, isso acaba por gerar um gasto excessivo para o governo. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no ano de 2015, 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foram gastos com a obesidade. Ou seja, o capital que poderia ser investido na infraestrutura dos hospitais é utilizado em um fim evitável. Dessa forma, o sobrepeso além de acabar com a vida de milhares de pessoas, prejudica também a economia do Estado. Ademais, convém frisar que o aumento de pessoas acima do peso compromete também a longevidade geral do Brasil. O acúmulo de lipídios em vesículas dos adipócitos provoca o aumento do tecido adiposo em diversos órgãos, desencadeando vários tipos de doenças, por vezes fatais. Portanto, a obesidade não compromete apenas a autoestima do indivíduo, mas sua vida. Assim, o número de mortes de pessoas ainda jovens tende a aumentar. O sobrepeso é, portanto, um desafio enorme para o país, com efeitos que vão da economia aos índices de desenvolvimento humano. Sendo assim, é preciso que o governo, utilizando-se de mídia apropriada, transmita a população de forma clara os custos com cirurgias e leitos relacionados ao problema. Faz-se necessário também que o Ministério da Educação acrescente ao currículo escolar uma disciplina voltada exclusivamente para a prevenção de doenças comuns à atualidade, bem como seus efeitos, do nível celular ao fisiológico. Logo, poder-se-á afirmar que o Brasil oferece meios necessários à mitigação deste problema, fazendo com que sua população tenha talvez o mesmo vigor dos primeiros de sua espécie.