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Enviada em: 12/07/2017

O processo de globalização propicia uma multiplicidade de opções e tarefas a serem realizadas, sendo assim, as pessoas possuem cada vez menos tempo para se alimentarem de modo regular e saudável. Como efeito negativo desse processo, está o fato de que na última década aumentou a porcentagem da população considerada obesa no Brasil e essa questão provoca uma importante discussão acerca dos fatores relacionados a essa problemática. Nessa perspectiva, a obesidade e as doenças decorrentes dessa tornaram-se problemas de saúde pública e, sendo assim, geram impacto sobre as despesas públicas.       Posto que pessoas com sobrepeso são mais propensas a doenças cardiovasculares, diabetes e hipertensão, há uma grande demanda por medicamentos relacionados às doenças citadas. Uma vez que a maioria dos fármacos são caros, o Sistema Único Saúde (SUS) os fornece gratuitamente para a população. À medida que a porcentagem de obesos na população aumenta, mais pessoas tomam esses medicamentos ao contrário de obterem orientação a respeito de uma escolha consciente de alimentos assim como de práticas as quais evitem o sedentarismo. Desse modo, percebe-se que o subsídio desses medicamentos produz enorme gasto para o setor público e que a verba utilizada poderia ser investida em outros setores.       Aliado ao problema exposto anteriormente, há o gasto com internações e cirurgias provenientes de complicações advindas do excesso de peso. Segundo o Ministério da saúde, a obesidade e outras doenças relacionadas custam cerca de 500 milhões de reais ao SUS ao ano, dado indubitavelmente alarmante. Embora o SUS forneça como procedimento cirúrgico para o problema em questão apenas a cirurgia barátrica, para pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) superior a 40, existem os custos decorrentes da hospitalização de pacientes com enfermidades associadas ao problema. Nesse viés, percebe-se que tais gastos são prejudiciais à economia do país, sendo que o sobrepeso pode ser evitado por meio de conscientização e prevenção.        Por tudo isso, faz-se necessária a adoção de medidas com vistas a mitigar os problemas que envolvem a obesidade bem como as patologias que podem se desenvolver a partir dessa. Para tanto, é imperativo que instituições de ensino e o próprio Ministério da Saúde promovam palestras educativas para crianças e jovens a respeito da importância de hábitos alimentares saudáveis com o intuito de incentivá-los a comer bem e levarem esse costume para dentro de casa. Além disso, Organizações não governamentais (ONGs) podem fornecer oficinas de culinária de comidas práticas e saudáveis com vistas a estimular a prática de cozimento desses alimentos.