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Enviada em: 12/10/2017

Na última década, o número de obesos no Brasil e no mundo alcançou níveis astronômicos chegando a 10% da população segundo o Ministério da Saúde. Esta situação é causada pelos novos hábitos alimentares, principalmente fast food e industrializados, adotados em boa parte do mundo. A obesidade deve ser tratada como um grave problema de saúde pública e sua prevenção é imprescindível, pois essa condição auxilia no desenvolvimento de doenças crônicas, distúrbios mentais e a utilização de métodos de emagrecimento rápido tem perigosos efeitos colaterais.   A obesidade pode ser causada por vários fatores, principalmente pelo consumo excessivo de alimentos com alto índice de açúcar, sal e gordura, juntamente com falta de atividade física. Produtos e industrializados e fast food são a base alimentar da nossa geração, devido à sua praticidade e intensa presença na mídia. Hábitos como esses trazem doenças como diabetes e hipertensão, cujo tratamento é disponibilizado pelo SUS através de farmácias populares, aumentando assim os gastos públicos.          Ademais, a relação depressão e obesidade é um ciclo, onde um quadro interfere no outro. De acordo com a OMS, cerca de 30% das pessoas consideradas obesas ou com sobrepeso apresentam algum grau de depressão. Essa doença pode trazer sintomas como compulsão por comida ou aumento de apetite. Além disso, no organismo de uma pessoa com esse quadro clínico, é aumentado o nível de cortisol, o hormônio do estresse, o que pode induzir ao acúmulo de células de gordura na região abdominal. Tal situação pode causar agravar o quadro de obesidade e até levar ao suicídio.    Aliado a isso, muitas pessoas descontentes com seu peso e sua aparência utilizam métodos de emagrecimento rápido, como pílulas que agem no cérebro diminuindo o apetite, cirurgias como lipoaspiração e baypass, e dietas extremamente restritivas. Tais tratamentos, sem acompanhamento médico habilitado, trazem graves consequências, como infecções, problemas hormonais e deficiências de nutrientes, trazendo ainda mais gastos pelo SUS para seu tratamento.   Devem ser, portanto, aplicadas medidas que reduzam os índices de obesidade no nosso país, diminuindo assim doenças consequentes desse quadro, como diabetes, hipertensão, depressão e complicações devido a métodos de emagrecimento. Hortas comunitárias devem ser realizadas pelas prefeituras das cidades nos postos de saúde, possibilitando maior acesso à alimentos saudáveis, além de academias ao ar livre em praças. Acompanhamento psicológico de pessoas acima do peso deve ser realizado pelo SUS a fim de evitar aumento dos índices de obesidade e suicídio. Deve haver também maior veiculação pela mídia das possíveis consequências do uso de métodos de emagrecimento imediato. Assim, nosso país poderá reverter os índices preocupantes de obesidade.