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Enviada em: 17/07/2017

As amarras da comida     Segundo dados do Governo, o número de obesos cresceu e ultrapassa o número de pessoas que passam fome no Brasil. O distúrbio do peso corpóreo é causado por fatores genéticos ou ambientais como distúrbios psicológicos e sedentarismo. Segundo o filósofo Stuart Mill, o indivíduo é soberano do próprio corpo, mas a obesidade coloca essa questão em xeque ao demonstrar o quanto se torna difícil combater este problema. Isso ocorre, pois a adiposidade é um problema de saúde pública e sofre com o descaso do Governo e com as opções da indústria alimentícia.      Em primeiro lugar, destaca-se a posição na qual o Governo coloca este fator como sendo relevante e qual sua importância. Para Aristóteles, a política deve ser utilizada para que se encontre o equilíbrio. Analogamente, políticas públicas de incentivo a uma alimentação saudável representariam um avanço no combate ao problema, entretanto, nota-se uma brecha que rompe com a harmonia proposta pelo filósofo, uma vez que, os governantes não consideram prioridade ou de real importância os efeitos da obesidade sobre a população. Desse modo, percebe-se a necessidade de um posicionamento concreto do Estado como forma de combate à problemática.      Outrossim, percebe-se como a globalização e seus efeitos sob o cotidiano alimentar da sociedade configuram uma das principais causas da obesidade. De acordo com Rousseau, “o homem nasce livre e por toda parte encontra-se acorrentado”. Nesse contexto, as correntes da globalização são as indústrias alimentícias que vendem seus produtos de forma a incentivar o ritmo acelerado do cotidiano da população, com fast-foods e comidas pouco saudáveis. Assim, contribuem para o distúrbio do peso corpóreo e perpetuam os efeitos negativos desse tipo de alimentação.     Entende-se, portanto, que as consequências da obesidade na saúde pública constituem um grave quadro que só cresce e piora. Para atenuar o problema, é preciso que o Governo Federal em parceria com o Ministério da Saúde aplique reformas alimentícias em escolas e restaurantes, incentivando a troca de refrigerantes por sucos naturais e a implantação de mais frutas e hortaliças na dieta do brasileiro, além de aplicar campanhas de abrangência nacional junto às emissoras explicando as consequências da obesidade e a importância de uma alimentação saudável. Dessa forma, o número de doenças causadas pela adiposidade diminuirá e aos poucos, o equilíbrio proposto por Aristóteles será restaurado.