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Enviada em: 22/07/2017

Wall-e, filme norte-americano, mostra que em 2805 as pessoas tornaram-se obesas, sedentárias e perderam a capacidade física de interação com o ambiente e com outros indivíduos. No entanto, não é preciso viajar no tempo e no espaço para perceber, no Brasil, uma realidade semelhante à ficção: a população está cada vez mais acima do peso. Nesse sentido, é imprescindível entender e reverter essa crise de saúde pública.  A priori, esse quadro está associado ao estilo de vida acelerado da modernidade. A população ansiosa e pressionada pelo curto espaço de tempo opta por uma alimentação rápida mas nada saudável, exemplo disso são os fast foods amplamente divulgados no Brasil. Essa ideia quando adaptada a modernidade líquida de Zygmunt Bauman, mostra que o prazer imediato se sobrepõe a preocupação com o futuro. Diante dessa cultura hedonista as consequências de uma alimentação irregular são muitas vezes banalizadas e desconsideradas, pondo em risco a saúde e o bem-estar.  Nesse contexto, o que mais se destaca é a obesidade. Segundo o Ministério da saúde mais da metade da população brasileira está acima do peso, esse fator além de ocasionar problemas físicos e psicológicos afeta diretamente a qualidade de vida do indivíduo. Ademais o excesso de gordura abre espaço para outras doenças como a hipertensão, a depressão e o diabetes que ocasionam danos graves aos seus portadores.  Torna-se claro, portanto, a existência de uma alimentação desregular e a urgência de combater tal prática. Para isso, é preciso que o governo, com auxílio de ONGs que promovam palestras em instituições de ensino, atue na ampliação de projetos como o ''Saúde nas escolas'' contratando mais nutricionistas e profissionais de educação física para formarem jovens adeptos a uma vida saudável. A mídia, através de campanhas publicitárias e novelas, deve alertar a população dos ricos e problemas que a obesidade pode acarretar. Assim, o filme Wall-e ficará de fato apenas na ficção.