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Enviada em: 22/08/2017

A partir da nova realidade determinada pela revolução técnico-científica-informacional, entre outras consequências, surgiria um novo comportamento industrial. Dentro do setor alimentício, barreiras naturais foram quebradas e o surgimento de produtos cada vez mais elaborados se fez presente. Contudo, no objetivo de atrair consumidores, comidas rápidas, saborosas e calóricas foram criadas, ganhando espaço dentro de uma sociedade de cotidiano frenético, possuindo como principal reflexo a crescente epidemia de obesidade e de suas mazelas individuais e sociais.       É necessário, primeiro, entender que o sobrepeso, fora das discussões estéticas, afeta a qualidade de vida de um indivíduo. De acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, 26 doenças crônicas estão associadas ao excesso de peso. Além disso, o Brasil, a partir de dados divulgados pela OMS, possui uma população majoritariamente acima do peso, sendo 20% em estado de obesidade, possuindo predisposição aos problemas relacionados. Desse modo, somando o fator da aceitação de seus portadores, a superação da obesidade torna-se um difícil dilema.      Ainda neste contexto, como produto direto, o número excessivo de obesos no país também afeta o sistema estatal. O sistema público de saúde disponibiliza remédios para grande parte dos portadores de doenças crônicas, como a diabetes e a hipertensão. Existindo a obesidade como agravante, a partir de dados também divulgados pelo Ministério da Saúde, quase meio bilhão de reais foram gastos com tratamentos à essas doenças em 2011. Dessa forma, os prejuízos também financeiros causados pela obesidade justificam ser considerada por muitos o mal do século.       Fica evidente, portanto, a necessidade de combater essa problemática e diminuir seus efeitos. Para isso, o Governo deve determinar às empresas alimentícias, limites nas quantidades de nutrientes responsáveis pelos problemas do excesso de peso, como açucares e gorduras, presentes em seus produtos, além de informações sobre consequências de seu consumo excessivo, a fim de manter a população consciente sobre o que come. Ademais, as instituições educacionais devem incorporar em seus cronogramas aulas nutricionais e, ainda, disponibilizar merendas nutritivas para levar aos alunos a ciência de uma boa alimentação. Com isso, será possível diminuir o peso negativo que a obesidade transmite.