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Enviada em: 31/07/2017

Segundo Sartre, filósofo francês, o ser humano é livre e responsável; cabe a ele escolher seu modo de agir. Logo, com o avanço das indústrias alimentícias, recai sobre o homem suas escolhas de vida em relação à alimentação. Na contemporaneidade, a preocupação com a obesidade e com seus efeitos na saúde pública é reflexo de tais escolhas. Nesse sentido, convém analisar as vertentes que englobam os maus hábitos alimentares no Brasil e propor medidas que as minimizem.      De acordo com um dado divulgado em 2017 pelo Ministério da Saúde, a taxa de obesidade no Brasil cresceu 60% em dez anos. Atrelado a esse crescimento está o desenvolvimento da indústria de alimentos com produtos cada vez menos nutritivos e mais calóricos – ricos em gorduras e carboidratos. Essas empresas utilizam propagandas que estimulam o hábito de consumir alimentos, especialmente os fast-food. Em consonância, a intensa rotina de trabalho e estudo por jovens e adultos intensifica a ingestão desses alimentos devido às facilidades oferecidas, pois muitos produtos já vêm prontos ou pré-prontos. Tais fatores atrelados à falta da prática de atividades físicas geram problemas, como o sobrepeso.      O excesso de peso já é um dos maiores problemas de saúde pública no mundo, pois a obesidade vem acompanhada de complicações graves. Ela está associada a maior incidência de hipertensão arterial, diabetes e colesterol elevados que são, por si só, doenças de natureza crônica, e degenerativas, com sérias complicações como o infarto e o derrame. A causa da obesidade está ligada a união de fatores genéticos, como disfunções hormonais, e ambientais que controlam a alimentação e vão desde a aprendizagem na infância até a fatores ligados ao humor, ansiedade, depressão e impulsividade.      É preciso que os indivíduos assumam, portanto, sua responsabilidade diante da má alimentação, uma vez que esta pode se tornar um problema de saúde pública. Sendo assim, faz-se necessária a implementação da educação alimentar para as crianças nas escolas a fim de ensinar bons hábitos e estimular o consumo de alimentos saudáveis e, consequentemente, os índices de obesidade tenderão a cair. Além disso, entidades governamentais podem disponibilizar nutricionistas e psicólogos para o tratamento de pessoas consideradas de risco para a obesidade. Ademais, as escolas junto a ONGs podem fornecer palestras e orientadores aos pais de crianças e jovens com sobrepeso para conscientizá-los sobre suas escolhas de vida em relação à alimentação.