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Enviada em: 13/08/2017

Obesidade: a modernidade e a saúde      Como apontado pelo filme Tempos Modernos, de Charles Chaplin, após a Revolução Industrial, a percepção e o aproveitamento do tempo mudaram. Com isso, a priorização do trabalho faz com que haja o abandono de práticas saudáveis, tomando lugar as mais acessíveis. Nota-se, como consequência, o constante crescimento do número de obesos, como comprovado por pesquisa do IBGE de 2015 que garante que ao menos 60% dos brasileiros estão acima do peso.      A dieta da Modernidade, marcada pela facilitação do acesso aos alimentos, que começaram a ser estocados após a Revolução Agrícola e pelas inovações do mercado alimentício nos moldes capitalistas, com alimentos pouco nutritivos, é fator chave para o ganho de peso. Além disso, é perceptível o aumento do sedentarismo, já que as atividades físicas tornam-se cada vez mais caras. Um estudo realizado pelo Ministério do Esporte aponta que 46% dos brasileiros são sedentários.      A OMS garante que a obesidade está diretamente relacionada a problemas como diabetes e hipertensão. E os maus hábitos, que podem ser letais, levam à necessidade do Estado em financiar cirurgias bariátricas, medicamentos para diabéticos e hipertensos, e aumentam consideravelmente o gasto com a saúde pública.      Diante do exposto, torna-se evidente a necessidade da criação de um programa de incentivo a prática esportiva pelo Ministério do Esporte aliado ao Ministério da Saúde, que garanta a existência de espaços públicos, como quadras e academias que disponham de profissionais qualificados. O Governo Federal deve criar uma lei que obrigue as indústrias a produzirem alimentos mais nutritivos, e a Anvisa, por meio de fiscalizações, deve garantir o cumprimento da mesma.