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Enviada em: 15/08/2017

Alimentar-se de forma plena sempre foi uma questão econômica e durante vários os séculos,banquetes fartos sempre foram sinônimo de posse, de riqueza. Outrossim, existiram até clubes onde o quesito para entrar era unicamente o peso, o qual deveria ser exorbitante, pois assim o sujeito mostrava que tinha posses e não trabalhava em serviços braçais. Como consequência, essas amarras históricas, no Brasil hodierno, estão entre as responsáveis pelos altos indíces de obesidade que, em conseguinte, aumentam os problemas fisiológicos dos brasileiros e sobrecarregam o setor público.            Encontrar-se em situação de obesidade significa para o indivíduo que seu corpo está em sobrepeso, isso é, seu peso está acima do suportado por sua estrutura fisiológica, principalmente a óssea. Como forma de quantificar essa realidade, convencionou-se o Índice de Massa Corporal (IMC), que é dado a partir do resultado da razão entre a massa e o quadrado da altura do paciente, onde acima de trinta é considerado obeso. Contudo, esses números representarão os problemas de saúde que os acompanham. Dentre eles, os mais alarmantes são os problemas cardiovasculares, os quais estão no número um em mortes anuais pelo mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde.               Destarte, ao aumentar o número de problemas fisiológicos, a obesidade se situa como uma das principais causas da sobrecarga do setor de saúde público e, desse modo, da sua precariedade. Isso tendo em vista que, ao necessitar de assistência médica periódica - como o caso de insuficiência cardíaca -, a maioria dos brasileiros precisarão recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS). Consequentemente, de uma realidade que poderia ser remediada com ações paliativas ao caos na saúde pública, o Brasil e, nesse caso em específico o SUS, serão aos poucos sucateados.          Faz-se evidente, portanto, a importância da manutenção da infraestrutura pública e da mentalidade brasileira. Para que isso ocorra, o Ministério da Fazenda disponibilizará uma quantia maior do orçamento público destinada aos hospitais públicos e a Câmara dos Deputados fomentará a alteração do artigo 198 da Constituição Federal para que seja aumentada a porcentagem obrigatória dos impostos destinados à saúde. Ademais, o Ministério da Educação deve minuciar o estudo da Nutrição e da Educação Física teórica nas escolas públicas para que os pequenos brasileiros possam crescer com o conhecimento necessário para não se tornarem futuros obesos.