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Enviada em: 20/08/2017

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde em abril deste ano, um em cada cinco brasileiros é acometido pela obesidade. Em dez anos, a população obesa no país passou de 11,8% em 2006 para 18, 9% em 2016, informou o ministério. A obesidade surge a partir de diversos fatores, os quais podem ser ambientais, psicológicos e/ou genéticos, contudo, o estresse e a ansiedade são de grande influência no surgimento de doenças originadas pela obesidade. Além disso, o sedentarismo marcante da atualidade é um fator preocupante, que leva ao aumento do número de pessoas atingidas por esse desafio da saúde pública brasileira.   Nos dias de hoje, todos acabam sendo atingidos pelas preocupações diárias, que chegam por uma ligação do escritório ou por um e-mail. A preocupação também está no vestibulando que estuda horas por dia e torna-se estressado, porque se vê na obrigação de passar o quanto antes no curso dos sonhos, ou no dia a dia de quem trabalha e precisa pagar suas contas. Essa ansiedade provoca uma descarga muito grande de um hormônio chamado adrenalina, o qual tem o intuito de manter altas taxas de açúcar no sangue para que o organismo se mantenha estimulado. O corpo acaba armazenando grande quantidade de calorias sem liberá-la. Antigamente, essa descarga hormonal preparava os homens para fugirem do ataque de animais selvagens, e hoje, para que os trabalhadores se sentem e tentem encontrar soluções com papeis e calculadoras.   Aliada ao fator psicológico está a abundância de ofertas dos alimentos hipercalóricos à disposição da sociedade moderna. As pessoas estão sem tempo e cada dia mais sedentárias, e essa é a grande vantagem para as lojas de fast food. Têm-se comida fácil de ser adquirida e de ser consumida, por ser mais gordurosa e mais açucarada, ou seja, por ser mais saborosa.   Destarte, observa-se que a obesidade é um problema multifatorial e que ocupa posição de urgência nas questões que envolvem a saúde. O tratamento psicológico desde a infância é fundamental para evitar que crianças tornem-se adultos ansiosos e doentes. As escolas particulares devem investir em acompanhamento físico, nutricional e social, bem como as escolas públicas devem fazê-lo com auxílio dos investimentos dos Governos. É interessante que os pais também recebam um acompanhamento frequente para que auxiliem no desenvolvimento da consciência saudável das crianças em casa. Faz-se necessário que as famílias substituam o tempo de descanso no celular, computador ou na televisão, para praticarem uma atividade física e até mesmo para cozinharem mais em casa. O projeto de prevenção e tratamento da obesidade deve fazer parte da vida de todo cidadão.