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Enviada em: 22/08/2017

É incontrovertível que as Revoluções Industriais trouxeram inúmeros benefícios para a sociedade. No entanto, a industrialização dos alimentos têm provocado alguns males, como, por exemplo, o aumento da obesidade tanto no mundo quanto no Brasil. Nesse contexto, é indubitável que amenizar as consequências desse mal é essencial, pois é uma questão de saúde pública e com caráter urgente. Nesse sentido, é necessário analisar suas verdadeiras causas a fim de sair do estado inercial em que o país se encontra frente a essa problemática, combatendo-a.       A princípio, é possível perceber que essa circunstância deve-se a fatores socioeconômicos, uma vez que, devido aos altos preços de alimentos naturais, como frutas, e a baixa condição monetária da maioria da população brasileira, estes preferem comprar produtos industrializados, como biscoitos e sucos artificiais, para economizar, por serem mais baratos, e poder direcionar o restante das suas economias a outras necessidades. Além disso, também há a insuficiente disponibilidade de locais públicos para a prática de atividades físicas, haja vista que os indivíduos precisam gastar as calorias obtidas excessivamente com o consumo daqueles industrializados e como, em geral, não possuem renda suficiente para pagar por essa prática em ambiente privado tendem a acumular cada vez mais gordura devido ao sedentarismo.       Em consequência dos fatos supracitados, os problemas de saúde pública vão se agravando, já que o acumulo de gorduras e açúcares no organismo pode causar o entupimento de vasos sanguíneos e doenças crônicas como a diabete. Prova disso é que, de acordo com o Ministério da Saúde, 5% dos gastos do Sistema Único de Saúde é com esses efeitos da obesidade. Destarte, nota-se que tais gastos poderiam ser direcionados a outros casos patológicos, por conta da obesidade ser evitável.       Segundo Isaac Newton, um corpo tende a permanecer em seu estado até que uma força atue sobre ele. Dessa forma, urge, portanto, uma força capaz de mitigar a obesidade e seus efeitos no Brasil. Para isso, cabe ao Governo Federal incentivar a produção de alimentos naturais, cobrando menos impostos aos produtores, com o fito de diminuir os preços para seus respectivos consumidores. Aliado a isso, é também de responsabilidade dessa esfera federal, juntamente com os Governos Estaduais e Municipais, incentivar a realização de práticas físicas, construindo parques e praças públicas com estruturas adequadas para tal objetivo, e, em parceria com a mídia e ONG's, fomentar o pensamento crítico da sociedade sobre essa situação por meio de campanhas publicitárias, novelas, cartilhas e debates em eventos abertos ao público. Com essas e outras medidas, será possível viver bem, o que é realmente importante, conforme Platão, em vez de simplesmente viver.