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Enviada em: 12/09/2017

Um dos principais marcos do Brasil nos últimos anos, ocorreu em 2014, com a saída do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas, em contrapartida, em menos de 10 anos, há uma crescente epidemia silenciosa nos casos de excesso de peso. O sedentarismo e a alimentação irregular são os principais fatores para a propagação de tal surto energético, atrelado com a morosidade do poder público na elaboração de medidas de combate efetivas, transforma-se em um gravíssimo problema de saúde pública.  Em primeiro plano, de maneira análoga ao Lamarckismo, o ser humano tem a capacidade de adaptar-se de acordo com as alterações do meio, como a mudança dos hábitos alimentares. Sendo assim, a naturalização ao longo do anos de consumir produtos industrializados, refinados, ''fast foods'' com alto teor calórico e o marketing perverso das indústrias alimentícias com o incentivo da grande mídia, tem moldado as mesas dos brasileiros para o predomínio no cardápio a base comidas menos saudáveis. Tal substituição impacta no avanço da epidemia silenciosa do sobrepeso, na qualidade de vida e na saúde pública, por aumentar as despesas para custear o tratamentos das consequências clínicas. Ademais, o desequilíbrio nutricional causado pelo enraizamento da cultura de má alimentação atrelado ao sedentarismo são atos de caráter inercial que devem ser combatidos. A prática de exercícios físicos e ocupacionais apesar de serem indispensáveis para o bom funcionamento da saúde humana, não raro, são desobedecidos pela população, sendo substituído pela realidade cada vez mais sedentária. Segundo dados do Ministério do Esporte, em 2016, cerca de 45,9% dos brasileiros não praticam nenhuma atividade física, decerto, causados pelo comodismo promovido pelo avanço tecnológico no cotidiano. Assim, enquanto não houver um maior estímulo para o abandono do sedentarismo e a busca por um equilíbrio alimentar, haverá a expansão de doenças crônicas. Logo, à medida que a força da iniciativa governamental e da sociedade não agirem sobre tais problemáticas, suas consequências manterá seu movimento. Faz-se necessário, a parceria entre o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária para a elaboração de uma regulamentação específica para proibir a propaganda abusiva, tal ato realizado pelas indústrias de alimentos estimula o consumo de ultraprocessados e é um dos maiores obstáculos na promoção de uma alimentação saudável. E, a mídia em parceria com a ONG Banco de Alimentos, poderia criar campanhas educativas com a finalidade de expor os benefícios da prática regular de atividades físicas, como implementar pequenas mudanças na rotina para realiza-las e evidenciar os riscos e danos no metabolismo causados por uma alimentação irregular.