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Enviada em: 28/08/2017

A cada cinco brasileiros, um está obeso. Os dados do Ministério da Saúde mostram que o país que até pouco tempo lutava para combater a fome e a desnutrição, agora precisa conter a obesidade. Motivados por mudanças nos hábitos alimentares dos brasileiros em decorrência das alterações socioculturais, a insegurança alimentar e a obesidade são um fator preocupante no país.        A obesidade e o sobrepeso vêm aumentando no Brasil assim como em toda a América Latina e Caribe, com um impacto maior nas mulheres e uma tendência de crescimento entre as crianças, aponta relatório conjunto da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Um dos fatores mais preponderantes nesse cenário é a mudança dos hábitos alimentares que se observa desde os anos 1950, após a consolidação do modelo proposto pela Revolução Industrial. Adaptando a ideia de modernidade líquida de Zygmunt Bauman, é perceptível que o prazer imediato e o pouco cuidado com o futuro têm sido prioridade na vida do indivíduo brasileiro, que, em todo o tempo, prefere o mais rápido – e, de certa forma, mais saboroso e calórico – não se preocupando com a saúde alimentar.       Como consequência desse processo, o crescimento da obesidade é um dos fatores que colaboraram para o aumento da prevalência de diabetes e hipertensão e geram um quadro preocupante na segurança alimentar da população. Além disso, esse processo gera desequilíbrio psicológico que, alimentada por um ideal de beleza promovido pela mídia, acaba por aumentar os quadros de depressão e distúrbios alimentares, como a bulimia.        Nesse ínterim, torna-se evidente, portanto, a necessidade de se discutir o papel do Estado, mídia e população como agentes de mudança. Convém, portanto, que, o Estado, por meio do Ministério da Saúde, crie um programa de reeducação alimentar com a promoção de propagandas educativas em nível nacional. Outrossim, urge que a mídia, propague, por meio de novelas e seriados, a importância da alimentação saudável e das consequências da obesidade, afim de educar a população. Por fim, cabe à população, por meio de fóruns municipais, debater as consequências da obesidade com o fito de propor soluções para a problemática. Sob tal perspectiva, em ação conjunta entre população, mídia e Estado, poder-se-á alterar tal quadro no país.