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Enviada em: 31/08/2017

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a obesidade tornou-se uma epidemia global. O problema atinge um número cada vez maior de pessoas em todo o mundo — no Brasil, mais da metade da população está acima do peso. Entre as principais causas desse crescimento estão o modo de vida sedentário e a má alimentação. Ademais, é uma das maiores ameaças à saúde da população, pois está diretamente ligada ao surgimento de vários problemas. Diante disso, adotar ações afirmativas para mudar os hábitos dos brasileiros, mostra-se o melhor caminho no combate à obesidade.    Em "Modernidade Líquida", o sociólogo polonês Zygmunt Bauman discorre sobre a superficialidade e a efemeridade dos relacionamentos humanos. Para ele, a sociedade pós-moderna vive um momento baseado no imediatismo. Assim,  as pessoas dão menos atenção ao que estão fazendo devido à falta de tempo. Dessa forma, isso colabora com a obesidade, visto que as pessoas fazem refeições em horários irregulares e preferem uma alimentação prática e rápida, como "fast food" e industrializados — alimentos que possuem altos níveis de açúcar, sal e gordura. Além disso, uma rotina sedentária, sem exercícios físicos regulares, contribui para o aumento desse problema, que atinge um em cada cinco brasileiros.    Ainda nesse contexto, a obesidade causa vários efeitos na saúde e na vida de quem a possui. Isso porque, ela contribui para o desenvolvimento de problemas crônicos, como hipertensão, diabetes e aumento do colesterol, além de desequilíbrio hormonal e estresse. Por outro lado, pessoas obesas estão sujeitas a preconceitos por não estarem de acordo com o "padrão ideal" — ser magro — estabelecido pela mídia, além de serem vítimas de constrangimentos, como não passar na catraca do ônibus e não poder sentar em uma cadeira de plástico. Isso tudo, faz com que o obeso tenha baixa auto-estima e vergonha do seu próprio corpo.    Fica claro, portanto, que a obesidade é um problema de saúde pública e precisa ser combatido. Logo, faz-se necessário que o Ministério da Saúde promova campanhas para orientar e conscientizar a população sobre hábitos saudáveis de alimentação, além de investir em áreas públicas voltadas para a prática de atividade física. Além disso, as escolas devem priorizar a educação alimentar, por meio de palestras com nutricionistas e desenvolvimento de cardápios  saudáveis e nutritivos. Por fim, a mídia deve divulgar os efeitos nocivos que a obesidade pode causar, incentivar a mudança de hábitos e combater o preconceito por meio da valorização do corpo e a quebra de estereótipos.