Materiais:
Enviada em: 31/08/2017

"Aquele que não tem tempo para cuidar da saúde vai ter que arrumar tempo para cuidar da doença", a frase é do médico cardiologista e nutrólogo Lair Ribeiro, ícone na busca de uma dieta balanceada. De fato, a sociedade atual, acelerada e sintética está repleta de problemas ligados à má alimentação e ao excesso de peso, em um contexto onde o tempo parece engolir o homem, o corpo social passa por uma era onde o prático é preferível ao bom.    Mormente, é importante salientar os motivos para a popularização desse estilo de nutrição precário nos dias atuais. Vítima de uma aceleração do mundo moderno, o cardápio do brasileiro está cada vez mais restrito a produtos industrializados e a "fast-foods". Adaptando o conceito de modernidade líquida do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, o indivíduo prioriza aquilo que é mais prático- e em certa medida mais saboroso- a algo que realmente ira nutri-lo, essa alimentação nada mais é do que o reflexo do seu cotidiano, onde o tempo é escasso e não pode ser "desperdiçado" com o planejamento de um cardápio saudável. Diante desse fator, surgem diversas consequências que evidenciam o quanto essa problemática está presente nos dias atuais.   Dentre esses efeitos, o que se destaca de maneira mais nítida é a obesidade, que além de gerar problemas ao indivíduo, necessita de uma maior demanda de investimentos no setor da saúde. De acordo com o Ministério da Saúde, o número de pessoas acima do peso no Brasil já é maior do que a metade da população, atingindo 52% em 2015. O mais preocupante, no entanto, são os frutos desse problema, pessoas com sobrepeso são frequentemente associadas à doenças mais graves, como: diabetes, hipertensão e dificuldades respiratórias, somado a isso estão os desequilíbrios psicológicos gerados pela pressão em perder peso, como a bulimia e a anorexia. A resultante de todos esses problemas gera um rombo na saúde pública brasileira, de acordo com o jornal o globo os custos com a obesidade já são 5% das despesas totais do Sistema Único de Saúde do Brasil.    Destarte, torna-se evidente, a existência de uma alimentação nada regular e uma necessidade de se tratar tal dificuldade, de modo que as sequelas sejam cada vez menores. Cabe aos Ministérios da Educação e da saúde buscar conscientizar desde cedo, as crianças sobre a importância de uma dieta balanceada, nesse sentido palestras e cartilhas podem ser distribuídas aos alunos, e se necessário pode-se discutir a adição de aulas de gastronomia no currículo escolar para tratar o problema desde a base. A mídia e a família também tem papel fundamental na continuidade na valorização da comida saudável, através de debates criados em jornais e programas de rádio, e conversas entre os familiares. Só assim a alimentação sera vista como um ingrediente para transformar o mundo.