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Enviada em: 02/09/2017

O excesso de peso na história da humanidade nem sempre foi visto da mesma maneira, no período paleolítico a obesidade nas mulheres era visto como símbolo de fertilidade e beleza. Nos dias atuais, a autoaceitação de suas curvas e da beleza natural feminina propagados pelos meios de comunicação tem ajudado muitas mulheres no combate ao preconceito e à discriminação. Todavia, a saúde é colocada em segundo plano. Desta maneira, cabe analisar as causas deste problema e como ele se reflete na sociedade brasileira.   Em primeiro lugar, o sedentarismo em conjunto com uma alimentação rica em carboidratos, açúcares e gorduras configura-se em uma bomba relógio prestes a explodir. Atrelado a isso, a falta de locais públicos adequados para a prática de esportes e a mídia que alimenta hábitos de consumo desenfreados são fatores que determinam a perpetuação desse cenário preocupante.  Entretanto, não somente as cidades e a mídia têm sua parcela de culpa, mas também as indústrias alimentícias. A presença de rótulos de difícil compreensão nas prateleiras dos supermercados faz com que a população desconheça a qualidade nutricional dos alimentos que leva à sua mesa. Com isso, a obesidade torna-se uma epidemia do homem moderno, assim como todas as outras doenças que ela traz consigo. Posto isto, é mister a atuação da Agência Nacional de Saúde (ANS) conjuntamente com o Sistema Único de Saúde (SUS) para a resolução do problema. Com isso, deve-se garantir a presença de equipes especializadas no assunto nas unidades de saúde e acompanhamento familiar para evitar a doença ao invés de apenas remediar. Além disso, as escolas possuem papel primordial ao realizar palestras periódicas que levem o ensino da leitura de tabelas nutricionais, benefícios de cada alimento e a maneira certa de manuseá-los. Por fim, tomadas essas medidas, a mídia tem o dever de expor em seus meios de comunicação ficções engajadas que mostrem as dificuldades que um obeso enfrenta e os riscos de hábitos de vida onde a alimentação e a prática de esportes não são tópicos na pauta de prioridades. Assim, podemos dizer ter vencido mais uma batalha, mas dessa vez contra a balança.