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Enviada em: 03/09/2017

"A felicidade do corpo consiste na saúde", proferiu Tales de Mileto. Contudo, pode-se afirmar que o Brasil não alcançou o ideal de saúde corpórea, dado o grande número de pessoas acima do peso. A obesidade é um problema que advém de hábitos sedentários e de má alimentação que leva a gastos na saúde pública e, por isso, deve ser atenuada com atitudes governamentais de curto e longo prazo.     Em primeira análise, o sobrepeso é uma consequência do sedentarismo, da alimentação desequilibrada e dos distúrbios emocionais, todos causados por uma rotina ocupada e estressante. Isso porque, embora o turno de trabalho seja de oito horas, o brasileiro ocupa-se de atividades como cuidar da casa e manter a vida social, tornando-se atarefado demais para se exercitar e buscar uma dieta saudável, além do que estresse que leva, por exemplo, à compulsão alimentar. Tal cultura da falta de tempo surgiu na Revolução Industrial, ainda no século XVIII, quando o ritmo acelerado de produção levou a população a trabalhar e consumir cada vez mais, deixando o bem-estar de lado. Portanto, a obesidade é fruto de uma cultura que vê a saúde como secundária frente à vida socioeconômica e, em razão disso, deve ser alterada a longo prazo.       Outrossim, o excesso de peso no Brasil é um fato que prejudica severamente a saúde pública, já que pode causar doenças como hipertensão e diabetes. A obesidade, além de colocar a vida da população em risco, gera altos custos para o sistema de saúde com o tratamento das doenças anteriormente citadas, chegando à casa das dezenas de milhões, despesa que o Estado em crise não pode bancar por muito tempo. Esse cenário é descrito pelo filme "Super Size Me", que mostra os efeitos surpreendentes de comer somente "fast food" por uma período de tempo, terminando em obesidade, hipertensão, insônia e cálculo biliar. Dessa forma, mostra-se necessária, além da mudança cultural a longo prazo, atitudes imediatas que atenuem o sobrepeso em prol de uma sociedade saudável.       Então, para efeitos a longo prazo, o MEC deve aumentar a carga horária de Educação Física nas escolas e distribuir lanches saudáveis nas cantinas, a fim de criar futuros cidadão imersos em uma cultura de respeito à saúde. Ademais o ONGs devem criar, nas comunidades, campanhas de pesagem, avaliação da gordura corporal e medição da pressão arterial, identificando e encaminhando pessoas que estejam obesas e em risco, evitando problemas mais graves no futuro. Por último, os grandes canais de TV devem criar programações que mostrem ao público receitas saudáveis que sejam baratas e práticas, para que o povo brasileiro esteja ciente de que ter uma alimentação equilibrada não é inalcançável, mas sim uma questão de hábito. Quiçá com essas medidas o Brasil afaste-se da obesidade e aproxime-se da felicidade proporcionada pela saúde, apontada por Tales de Mileto.