Materiais:
Enviada em: 09/09/2017

No limiar do século XXI, a obesidade é um dos principais problemas que o Brasil foi convidado a administrar, combater e resolver. Por um lado, analisa-se que o cenário atual de promoção ao consumo é um dos responsáveis pelo aparecimento desse mal. Por outro, a omissão de agentes educadores contribuem para a persistência do problema, que termina por afetar de forma crônica a saúde dos indivíduos. É importante abordar, primeiramente, que no modelo econômico vigente incentivo ao consumismo é a principal arma para atingir o lucro. Diante disso, há um importante papel da publicidade nesse mal, visto que a população brasileira é bombardeada diariamente com propagandas que expõem comidas rápidas e baratas como opção de refeição ao cotidiano corrido, o que torna a alimentação do brasileiro cada vez pior. No ano de 2013, um relatório da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) recomendou a necessidade de regulamentação sobre a rotulagem, promoção e publicidade dos produtos ultraprocessados para crianças e adolescentes, o que torna evidente o papel da mídia no problema. Cabe, ainda, analisar o papel da família e da escola no contexto da obesidade. Nesse sentido, é válido observar que mesmo com o fato de grande parte das crianças terem o genótipo para essa doença, a manifestação fenotípica pode ser combatida com as práticas corretas desde a infância. Tal preocupação é necessária, pois, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística  (IBGE), 33,5% das crianças brasileiras possuem sobrepeso ou obesidade, o que comprova a relevância do papel dos pais e educadores no combate ao problema ainda na idade infantil. Entretanto, caso isso não ocorra, surgem os problemas derivados da obesidade, como a diabetes, doenças cardiovasculares, hipertensão, além de depressão e transtornos bipolares. Fica claro, portanto, que a obesidade é um problema relevante que deve ser enfrentado. Logo, é dever do Governo Federal, em parceria com as escolas, instituir a essas instituições uma dieta mais rica em alimentos naturais, tornando obrigatória a presença de nutricionistas no âmbito escolar, além de incentivar a prática de esportes regular. Ademais, é importante que a mídia deixe de fazer o papel apenas publicitário e alerte para as taxas calóricas dos alimentos que divulga, além de promover ONGs que tratem da problemática, a fim de instruir famílias e indivíduos acerca do problema, na perspectiva de que, juntamente com as medidas governamentais, esse problema seja superado.