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Enviada em: 31/10/2017

Com a Revolução Industrial veio a urbanização, a qual trouxe mudanças como o aumento da dedicação ao trabalho e os problemas de mobilidade urbana. Assim, quando não se sabe gerenciar o tempo para dormir e comer bem e praticar exercícios, tem-se como um resultado dessas mudanças a obesidade, já considerada uma epidemia. Portanto, cabe analisar os efeitos da elevada demanda por tratamento dessa síndrome na saúde pública brasileira.       A priori, é notável a procura por tratamento motivada por doenças cardiovasculares e diabetes. Prova disso é que, segundo um estudo da UnB, o gasto do governo com tratamentos relacionados ao excesso de peso é de cerca de meio bilhão de reais por ano. Isso se justifica pela relação direta dessas patologias com a obesidade, pois elas têm suas origens nos altos níveis de colesterol, triglicerídeos e açúcar no sangue, traços comuns nesses pacientes.       Outra área cuja demanda é expressiva é a de acompanhamento psicológico. Por viver em uma sociedade na qual o culto ao padrão do corpo em forma é propagado, quem tem excesso de peso passa a sofrer preconceitos. Um exemplo dessa ocorrência são as redes sociais, meio no qual musas fitness são veneradas e qualquer sinal de quilos a mais é apontado e criticado. Assim, a queda da autoestima e quadros de depressão tornam-se comuns entre os portadores dessa doença.       Em suma, fica evidente a gravidade dessa síndrome e de seus impactos na saúde pública. Logo, é preciso que o Ministério da Saúde, com o apoio do Ministério da Educação e de empresas busque medidas de prevenção e reeducação alimentar para a população no geral. Isso seria feito por meio de palestras com médicos, nutricionistas e psicólogos, a fim de orientar e fomentar hábitos de vida saudáveis, como o planejamento do tempo para preparo ou compra de refeições equilibradas e a prática de exercícios. Com isso, será possível se adaptar à vida urbana sem negligenciar a qualidade de vida.