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Enviada em: 11/09/2017

Henry Ford, em 1918, criou, em meio ao ambiente capitalista do século XX, o modelo Fordista de produção. A padronização aliada à produção em massa são palavras chaves desse sistema que visa o consumo exacerbado. Contextualizando com os atuais hábitos de alimentação dos brasileiros, nota-se uma relação proporcional entre eles. Nesse cenário de massificação do consumo alimentar, é necessário discutir acerca de seus riscos para a população.   A princípio, vale pontuar que o tempo livre da sociedade do século XXI contribui para o desequilíbrio alimentar. O elevado tempo de deslocamento nas cidades aliados às altas jornadas de trabalho levam os indivíduos a buscarem por alimentos mais práticos, os famosos fast-foods. Esses produtos, em geral, possuem um alto teor de gordura e pequenos valores nutricionais. Desse modo, é propício que doenças apareçam, colocando a saúde populacional em risco com os elevados níveis de obesidade, conforme comprava os dados do Ministério da Saúde, que aponta um crescimento de cerca de 60% de obesos na última década no país.    Ademais, convém frisar que o consumo exacerbado é ainda mais nocivo se simultâneo ao sedentarismo. A ausência de atividade física impede a queima do produto ingerido, causando seu acúmulo em forma de gordura no organismo. À luz da biologia anatômica, romper com a homeostase do corpo humano é preocupante, já que o indivíduo se torna suscetível a doenças como diabetes, colesterol e hipertensão. No entanto, percebe-se a falta de desvelo da população para com o assunto, haja vista que a cada cinco pessoas, uma está acima do peso. É notório, portanto, que o Brasil caminha para uma fase de preocupação com a saúde pública caso não reverta o atual cenário.   Logo, é inquestionável que haja um equilíbrio entre consumo em massa e alimentação saudável. Para isso, tendo em vista que o indivíduo é aquilo que a educação faz dele, como afirmou o filósofo Immanul Kant, é fundamental que o Ministério da Educação, em parceria com as escolas, desenvolva uma educação alimentar desde a fase inicial escolar, por meio de atividades lúdicas e coletivas, formando o cidadão com senso crítico sobre a importância da alimentação saudável, impedindo que o mesmo venha a se tornar obeso na fase adulta. Além disso, o Poder Legislativo deve criar leis que obriguem as empresas de produtos alimentícios a criarem rótulos informativos para a população em geral, isto é, com linguagem clara e objetiva, visando facilitar a informação sobre o produto e evitar seu consumo em exagero. Ainda, a mídia pode usar de seu papel de difusora de conhecimento para divulgar, através de propagandas alarmantes, o quão nocivo o excesso de peso é para a saúde populacional, estimulando a prática de atividades físicas e o consumo controlado.