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Enviada em: 26/10/2017

No século XX, o desenvolvimento cientifico de novas técnicas agrícolas ocasionou o aumento na produção de alimentos. A Revolução Verde, como foi chamada a inovação agraria, mudou o panorama de muitos países. O Brasil, que outrora combatia a fome, na atualidade, enfrenta o excesso de peso da população. Essa nova realidade demanda grande atenção das autoridades e é um problema para a saúde pública, pois é a raiz de diversos problemas: doenças cardiovasculares, diabetes e até a esterilidade. Portanto, vale analisar como a má alimentação aliada ao sedentarismo da vida moderna tem intensificado os casos de obesidade no país. Notoriamente, a principal força motriz para o excesso de peso é a grande quantidade de calorias e açúcar ingeridas diariamente. Propagadas pelo o lema American Way of Life, as comidas rápidas (fast- food) e bebidas industrializadas como a Coca-Cola foram disseminadas e ganharam popularidade mundo a fora. Além pelo fator do marketing, muitas vezes esses alimentos tornam-se mais atrativos aos consumidores, pois são mais baratos, mais práticos e com validade superior quando comparados aos demais alimentos. Outrossim, com o estabelecimento do capitalismo na sociedade contemporânea, as pessoas ficam mais horas no trabalho e costumam recorrer aos lanches rápidos ou congelados, que por vezes tem menor valor nutricional e mais calorias. Seja por falta de informação, pelo estilo de vida ou pela falta de recursos, o brasileiro está cada vez comendo mais e se alimentando menos. Ademais, outro fator que agrava essa problemática é o sedentarismo. A falta de exercício que resulta em menor gasto energético, provoca o ganho de peso. Com o advento da Terceira Revolução Industrial, o trabalho tornou-se mais intelectual com o uso de computadores, ou seja, as pessoas se habituam a passar mais tempo sentadas. Do mesmo modo, devido à carga horária do trabalho ou o tempo gasto com o deslocamento pendular, os indivíduos encontram empecilhos para a pratica de atividade física por falta de tempo. Além disso, por causa da falta de acesso à parques e ciclovias, as pessoas ficam mais suscetíveis ao sedentarismo. Infere-se, portanto, que a velha máxima deve ser levada a sério: é melhor prevenir do que remediar. A educação nutricional e o incentivo a pratica de exercício podem ser armas poderosa para o combate da obesidade no Brasil. Para isso, o Ministério da Saúde deve propor um aumento de imposto para bebidas com elevada concentração de açúcar. Sendo assim, essas bebidas ficarão menos acessiva à população. O Ministério da Educação, por sua vez, poderá inserir na grade curricular o ensino da culinária saudável, que poderá melhorar os hábitos alimentares das futuras gerações. Por fim, os governos estaduais e municipais devem direcionar parte de sua verba para construção de parques, ciclovias, academias ao ar livre e ginásios para a prática de esportes. O trabalho em conjunto com essas esferas garantirá a receita perfeita para uma revolução na saúde.