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Enviada em: 16/09/2017

A música “Geração Coca-Cola” da banda Legião Urbana expõe que os indivíduos são submetidos aos “enlatados dos U.S.A.” e que desde pequenos “comem lixo comercial e industrial”, ou seja, são imersos em um sistema controlador e levados a consumir aquilo que não faz bem à saúde. De maneira análoga, é notório que o aumento da obesidade é decorrente de uma certa predisposição genética aliada a maus hábitos, tornando-se necessário uma maior divulgação das causas e efeitos da doença.     Em primeira análise, é importante ressaltar uma atitude em voga que pode levar a problemática. A excessiva conexão aos celulares a às televisões, antes de dormir, aumenta a propensão de pessoas a terem a patologia, haja vista que a luz emitida pelos aparelhos inibe a produção de melatonina – hormônio que regula o sono – e prejudica o descanso físico e mental. Nesse contexto, o indivíduo, no dia posterior, fica mais cansado e busca lanches mais energéticos. Caso não haja o gasto de calorias desses, ocorrerá o acúmulo de gordura nos tecidos e, como resultado, o aumento da massa lipídica.     Ainda assim, a dinâmica contemporânea impulsiona as pessoas a correrem contra o relógio, tornando-se necessário o suprimento de algumas atividades que demandam muito tempo, as quais favorecem a manifestação de doenças crônicas. Sob esse ângulo, muitos cidadãos possuem predisposição genética a obesidade e o ritmo cotidiano ativa esses genes, seja pela falta de comida saudável - que demanda um maior cuidado na lavagem e preparo dos alimentos -, seja pela falta de atividades físicas. Nesse sentido, não é de se estranhar que as mortes desencadeadas por doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e hipertensão, triplicaram no período de dez anos. Dessa forma, a seriedade da questão na saúde brasileira é evidenciada, pois ocorre um gasto exorbitante com medicamentos que poderiam ser evitados caso houvesse uma maior conscientização sobre a questão.       Torna-se evidente, portanto, que o excesso de gordura corporal é um impasse e que medidas precisam ser tomadas para reduzir o número de obesos. Tendo em vista a problemática, o Ministério da Saúde, em parceria com as prefeituras, deve elaborar cartilhas que sejam distribuídas nas cidades e ressaltem a importância da prevenção da doença através de medidas simples - como uma pausa maior na hora das refeições e exercícios regulares - para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, fazendo-se valer a frase do médico cardiologista Lair Ribeiro: “Aquele que não tem tempo para cuidar da saúde, vai ter que arrumar tempo para a doença.”. Ademais, o MEC deve produzir propagandas que impulsionem o debate nas escolas sobre a questão, a fim de que as crianças e jovens levem o conhecimento adquirido para dentro de seus lares e abram uma discussão construtiva, ampliando a consciência sobre a doença e a reduzindo em longo prazo.