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Enviada em: 19/09/2017

Com a consolidação do capitalismo, houve mudanças significativas no padrão de consumo e na rotina das pessoas. Nesse contexto, muitos indivíduos, tomados pela falta de tempo, adotam uma alimentação irregular e pouco nutritiva, o que tem-lhes levado a casos de sobrepeso e obesidade. Desse modo é fundamental analisar as causa e consequências, além dos impactos desse problema na atualidade. Pode-se afirmar que, com a aceleração do mundo moderno, a alimentação tem se resumido a produtos industrializados e aos fast-foods, com alimentos ricos em gorduras e açúcares. Nesse sentido, uma dieta hipercalórica, associada à falta de exercícios físicos, gera um cenário propício ao ganho de massa, o que pode desdobrar-se em obesidade. Por conseguinte, surgem doenças, como diabetes, hipertensão e problemas cardíacos. Outrossim, pessoas obesas têm tendência a desenvolver depressão, devido a infelicidade com o próprio corpo e a dificuldade de aceitação social. Segundo uma pesquisa da Organização das Nações Unidas (ONU), mais da metade da população brasileira está acima do peso, inclusive, a Organização Mundial de Saúde (OMS) trata a questão como uma epidemia mundial. Dessa forma, fica evidente que a ocorrência da obesidade é um problema crônico na saúde pública brasileira.  Além disso, nota-se, ainda que os casos de adiposes causam inúmeros impactos econômicos e sociais. Cabe destacar o aumento do gasto financeiro pelo SUS nos últimos anos relacionados ao número de cirurgias bariátricas e ao tratamento de doenças relacionadas ao sobrepeso, que demandam um grande número de medicamentos e internações. Ademais, há impactos indiretos, como a perda da produtividade e de qualidade de vida, e até mesmo aposentadorias precoces por invalidez, o que sinaliza o viés ainda mais perverso da problemática. Torna-se evidente, portanto a necessidade de se reduzir os casos de obesidade no país. Por essa razão, cabe ao SUS implementar um programa de reeducação alimentar nos postos de saúde. para que as pessoas atinjam o seu peso ideal e aprendam a se alimentar bem, priorizando alimentos saudáveis. Em consonância, é preciso que o Congresso Nacional aprove uma lei que obrigue as indústrias de alimentos a colocarem nas embalagens de produtos muito calóricos e gordurosos que o seu consumo em excesso causa obesidade e outras doenças, a exemplo de como ocorre nas embalagens de cigarro., com a finalidade de se desestimular o consumo. Afinal, segundo defende a chef de cozinha Bela Gil, devemos comer mais comida e menos produtos industrializados.