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Enviada em: 19/09/2017

Com o advento da globalização, os hábitos alimentares humanos, se modificaram. A urbanização e o crescimento da indústria de alimentos fez com que comidas naturais perdessem espaço para as industrializadas. Como consequência desse fenômeno, em 2015, de acordo com um estudo publicado pela New England Journal of Medicine, 600 milhões de adultos e 100 milhões de crianças foram considerados obesos no planeta. Nesse sentido, mais do que uma questão estética, a obesidade é uma doença séria e para reverter esse cenário de epidemia mundial, é substancial uma mudança nos hábitos de vida da sociedade.        Em primeira análise, a obesidade é resultado de um conjunto de fatores. Entre eles, está o sedentarismo, a relação que as pessoas têm com a comida, desequilíbrios hormonais, depressão, além do estilo de vida moderno que obriga o homem a buscar sempre formas mais práticas e baratas de se alimentar e por isso acabam recorrendo a alimentos processados e de baixo valor nutricional.         Em segunda análise, a indústria alimentícia tem grande responsabilidade nesse cenário, uma vez que na busca por maiores lucros, essas empresas criam alimentos com alto teor de conservantes, sal, açúcar e gordura sem se preocupar com os impactos que essas substâncias provocarão na saúde dos seus consumidores. Além disso, usam do marketing para estimular a compulsividade, criando na sociedade – inclusive nas crianças – a necessidade de consumir cada vez mais esses "lixos alimentares".          Ademais, a obesidade tornou-se um problema de saúde pública, visto que o consumo desenfreado de industrializados e consequentemente a obesidade, provoca outras doenças como diabetes, hipertensão, disfunções na tireoide e alguns tipos de câncer no sistema digestório (ONU/OMS). No Brasil,por exemplo, de acordo com uma pesquisa feita pela UERJ, os gastos com doenças relacionadas a obesidade e sobrepeso chegam a 10% do orçamento do SUS.         Urge-se, portanto, combater hábitos que levam à obesidade. Os adultos precisam repensar seu estilo de vida e o modo como alimentam suas crianças. O Estado deve criar leis que reduzam a quantidade de conservantes, sal, gordura e açúcar que são colocados nos alimentos, além de fiscalizar a indústria, através de órgãos reguladores, para que essas leis sejam cumpridas. Em consonância, podem reduzir impostos sobre alimentos orgânicos para estimular o seu consumo e promover campanhas nas escolas e nas mídias que estimulem a prática de exercícios físicos e o consumo de alimentos mais saudáveis.