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Enviada em: 20/09/2017

É incontrovertível a importância de buscar uma alimentação equilibrada como forma de manter uma vida saudável. Entretanto, dados da Organização Pan-Americana de Saúde mostram que essa realidade não se faz totalmente presente em terras tupiniquins, uma vez que mais da metade dos brasileiros está com sobrepeso e os obesos já são 20% da população adulta. Sob essa ótica, torna-se indispensável que seja adotada uma postura por parte dos órgãos estatais a fim de atenuar os índices e os efeitos da obesidade no país.     Em primeiro lugar, urge salientar o dinamismo do século XXI como causa impulsionadora dessa problemática. Após a Segunda Revolução Industrial, ocorreu uma série de transformações sociais e urbanas que afetaram a rotina das mais diferentes sociedades, sendo uma delas a mudança nos hábitos alimentares. Por consequência do fato supracitado, os brasileiros que vivem, principalmente, em centros urbanos, têm deixado cada vez mais de lado o consumo de pratos tradicionais em detrimento da alimentação hipercalórica, rica em açúcares e gorduras ou pobre em nutrientes. Dessa forma, nota-se a relevância de existir uma alimentação saudável e de fácil acesso que atenda ao hodierno contexto dinâmico das cidades.     Outrossim, as propagandas midiáticas de alimentos voltadas para o público infantil constituem-se como um fator intrínseco ao problema. Segundo relatórios da ANVISA, 80% da publicidade de alimentos dirigidas às crianças eram de pouco valor nutricional agregado e com altos valores de calorias, gorduras e açúcar. Em decorrência disso, ocorre o aumento nos índices de obesidade infantil, além de que, caso não tratada, essas crianças formaram mais uma geração de adultos com acúmulo de gordura, culminando em uma questão de saúde pública cada vez mais grave.   Entende-se, portanto, que a obesidade no Brasil se constitui como um infortúnio para os órgãos de saúde estatais e que deve ser solucionado. Cabe ao Estado, facilitar o acesso à alimentação saudável, por meio de investimentos e isenção de impostos em empreendimentos que atuem no setor de orgânicos, objetivando, com essa prática, facilitar o consumo e tornar mais barato o hábito de alimentar-se bem à sociedade. Além disso, segundo Paulo Freire, a educação possui papel fundamental na emancipação do indivíduo frente aos problemas contemporâneos. Logo, é papel do Ministério da Educação, em parceria com as escolas públicas e privadas, instruir os alunos quanto a educação alimentar saudável, por meio da inserção de aulas de culinária na grade escolar, com a finalidade de formar cidadãos conscientes quanto a importância de comer bem.