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Enviada em: 04/10/2017

A obesidade se tornou um problema de saúde pública no Brasil. Além das doenças cardiovasculares que acompanham o sobrepeso, percebe-se também patologias psicológicas que afetam a população obesa. Tais problemas decorrem dos padrões estéticos midiáticos que são divulgados em paralelo aos padrões de consumo de alimentos não saudáveis, situação que demanda ações efetivas para sua supressão.         Hipertensão arterial, colesterol alto, diabetes e risco de infarto do miocárdio são alguns dos problemas os quais a população que está acima do pesa precisa conviver. Entretanto, atualmente com a disseminação do padrão “fitness” de beleza nas mídias e na internet, ocorreu um aumento  no estigma social de preconceito e culpabilização às pessoas obesas. Dessa forma, além dos gastos na saúde pública decorrente das doenças físicas, o Brasil também fica exposto a uma situação social de exclusão dessa parcela cada vez mais crescente da população, o que aumenta índices de depressão e até mesmo de suicídios entre essas pessoas.        Outrossim, cabe destacar ainda que a massificação de padrões de consumo e comportamentos provocada pela globalização também afetou o ramo alimentício. Em tempos de modernidade líquida, conceito do sociólogo Zygmunt Bauman, marcados pela fluidez e pelo imediatismo, a capacidade de análise e seleção de informações e hábitos construtivos fica comprometida. Por conseguinte, campanhas publicitárias, ao associar consumo de refrigerantes e carboidratos a sentimentos, à família e ao bem-estar, se aproveitam de tal situação. Dissemina-se, assim, péssimos hábitos alimentares com a finalidade unicamente lucrativa.             Infere-se, portanto, a necessidade de combater as causas da obesidade e suas consequências adjacentes. Para isso, faz-se mister que o Ministério da Saúde em parceria com o CONAR, Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, atue no controle de propagandas que disseminem hábitos alimentares que afetam diretamente a saúde pública no Brasil se utilizando de coerção psicológica. Além disso, o Ministério da Educação deve instituir nas escolas, palestras, debates e aulas temáticas com nutricionistas e médicos com o fito de estimular a busca por uma alimentação saudável e alertar para os riscos do caminho oposto a isso desde a mais tenra idade. Ademais, psicólogos também devem participar desses programas para que se promova o respeito e coíba-se a discriminação contra os que sofrem deste problema de saúde. Diante disso, formando cidadãos responsáveis com a moral e com a alimentação, o país poderá caminhar lentamente rumo à resolução dessa problemática.