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Enviada em: 02/10/2017

No livro de Almeida Garrett,Viagens na minha terra,o dramaturgo português declara que o homem dispunha de um paraíso de delícias,porém a sociedade o deformou e o tornou miserável.Sob tal ótica,alguns indivíduos sentem-se pressionados pelos prazeres e pela coerção do corpo social,fazendo com que uma alimentação disfuncional faça parte da rotina humana.Outrossim,o contingente populacional na era pós-moderna não importa-se com o bem-estar corporal e,deste modo,verifica-se uma sociedade disseminada por chagas e controlada pelas cores dos fast foods.  A priori,o ornamento da subsistência no mundo hodierno é motivado pela busca de deleites e pelo imediatismo do século.Analogamente,o filósofo hedonista,Aristipo de Cirene,diz que o prazer tem o objetivo de amenizar a dor,sendo o único caminho para a procura da felicidade.Nesse ínterim,o consumo exacerbado de comidas não saudáveis contribui para a resolução utópica de problemas cotidianos.Além disso,pessoas que estão acima do peso encontram suporte nos alardes publicitários de redes alimentícias e nas heranças cultivadas desde a infância,haja vista que os pais e as instituições sociais gerenciam o modelo alimentar de crianças e adolescentes.Ademais,a volatilidade e a rapidez das grandes metrópoles fomenta a normatização da ingestão de alimentos de baixo teor nutricional que colabora para a formação de uma massa sedentária e obesa.  A posteriori,o desleixo com a saúde corpórea corrobora o surgimento de doenças e distúrbios que afetam a dinâmica atual.Consoante ao pensamento do sociólogo francês,Jean Pierre Polain,o ato alimentar não é somente um ato biológico, mas também representa as influências de uma cultura e de uma época.Partindo dessa conjectura,a banalização da alimentação é frequente e,assim sendo,é motivada tanto pela historiografia quanto pelos costumes da população.Logo,é indubitável o aparecimento de doenças crônicas,tais como diabetes e hipertensão,há também anomalias psicossociais,já que a obesidade é um fenômeno segregacionista e gera a expansão de preconceitos.  Portanto,torna-se imperativo medidas combativas que extinguam o fato representado.Com isso, é necessário que o Ministério da Saúde,por meio de ações do Ministério da Educação,estimule discussões no âmbito escolar,primordialmente nas aulas de Educação Física,em conjunto com profissionais adequados da área da saúde e com participações especiais de familiares e atletas,já que estes são os símbolos do equilíbrio entre exercícios físicos e alimentação saudável.Por conseguinte,com o fito de mitigar o consumo despreocupado,a solução propagará a conscientização dos corpos e das mentes.Dessarte,o estigma da obesidade poderá ser ultrapassado e vencido.Dessa forma,os seres afetados pela problemática poderão ser libertos das amarras nefastas da sociedade.