Enviada em: 24/09/2017

A  Primeira Revolução Industrial objetivava a produção, obsoleta a saúde humana. Com o advento da globalização o consumo cresce de forma verossímil e exponencial. Dessa maneira, surge a problemática da obesidade e seus efeitos na saúde pública, a qual persiste, ligada intrinsecamente ao pensamento humano, ora pela ineficácia governamental, ora pela lenta mudança na mentalidade de fração social.      É indubitável que o desamparo Estatal seja fator súpero sustentáculo da problemática. Para o eminente filósofo Hobbes, o homem em seu estado de natureza, torna-se seu lobo, necessitando de um poder centralizado para ministrar harmonia. De forma análoga, tal pensamento é rompido, haja vista que o Estado não investe de forma coerente na prevenção contra a obesidade. Nesse contexto, a sua propagação corrobora concomitantemente com a da diabetes, hipertensão, problemas locomotores. Não obstante, acarretando uma superlotação desnecessária no sistema de saúde pública, atrelada aos atendimento depreciativos propiciados pela sua sobrecarga - o governo não detém o lobo.       Outrossim, a lenta mudança na mentalidade de parcela social recrudesce os efeitos da obesidade. José Saramago em seu livro "Ensaio sobre a Cegueira", descreve uma sociedade que paulatinamente torna-se cega. Metáforas a parte, é o que se sucede quando a comunidade se baseia nas ideologias do consumismo, ingerindo alimentos alienadamente. Todavia, tais atos resultam além de doenças metabólicas, patologias psicológicas, ligadas a padronização do corpo, como a depressão.       Infere-se, portanto, a necessidade de mudanças governamentais e sociais. O Poder Executivo, a fim de atenuar a problemática deve investir em prevenção, através de palestras e propagandas no meio comunitário, em conjunção com a disponibilização de um nutricionista e um psicólogo em Unidades Básicas de Saúde. Em conjunção, o mesmo poder, deve por intermédio de reforço nas aulas de Biologia e Educação Física conscientizar os jovens. Desse modo, a cegueira  será efêmera.